O gesto de Neymar entregar a faixa de capitão para Thiago Silva quando foi substituído já nos acréscimos na vitória sobre a Áustria, nesta terça-feira, gera duas versões distintas. Enquanto o camisa 10 fala de espontaneidade, Dunga dá a entender que foi algo premeditado.
Em entrevista coletiva após o triunfo por 2 a 1, ao ser questionado sobre a situação dois dias depois das declarações do zagueiro, o técnico do Brasil cita planejamento e não polemiza.
– Como falei. Temos uma coisa chamada organização. Temos uma coisa planejada e as coisas dão continuidade. Para vocês pode ser polêmico, mas para nós é super tranquilo – disse.
Na saída do estádio Ernst Happel, Neymar, por sua vez, disse que a atitude foi definida pelo próprio atacante quando viu que daria lugar a Marquinhos.
– Foi uma decisão minha. Quando vi que iria sair, o primeiro nome que veio na minha cabeça foi o Thiago. Não é porque ele deixou de ser o capitão, que deixo de chamá-lo de capita. É um amigo – contou o jogador.
Dunga não quis revelar quem escolheu para envergar a braçadeira quando Neymar não jogar ou for substituído. Ao apostar na descoberta de novos líderes em campo, o técnico minimiza a questão da faixa.
– Estamos tentando aflorar líderes. Então, dentro do planejado e da circunstância dos jogos e do momento, nós iremos determinar quem será o capitão. O mais importante para mim não é quem usa (a faixa), mas quem exerce a liderança mesmo sem tê-la – avisou.