Em crise financeira, Atlético-MG ‘corta’ R$ 20 milhões do futebol para 2015

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A grave crise financeira que o Atlético-MG enfrenta resultará num verdadeiro choque de gestão para a próxima temporada. Na proposta orçamentária encaminhada aos conselheiros do clube nesta semana, o futebol é um dos departamentos mais afetados pelas dívidas alvinegras: o valor estipulado para contratações despenca de R$ 22 milhões nesta temporada para apenas R$ 2,5 milhões em 2015.

De acordo com cópia do documento obtida pelo ESPN.com.br, esse e outros pontos serão discutidos na próxima reunião do Conselho Deliberativo do clube, no próximo dia 25 de novembro.

O encontro acontece um dia antes da decisão da Copa do Brasil, no Mineirão.

No primeiro jogo, realizado na última quarta-feira, o Atlético-MG venceu o rival Cruzeiro por 2 a 0 e deu um passo importante em direção ao título. A premiação prevista para o campeão é de R$ 3 milhões.

Receitas como essa terão papel ainda mais importante no próximo ano, em um cenário em que praticamente R$ 45 milhões de seu faturamento deverão ser dedicados ao pagamento das dívidas que atormentam a diretoria alvinegra.

Conforme mostrado pela reportagem, somente nesta semana o clube foi condenado a pagar em até 30 dias o Al Gharafa, do Catar, pela contratação do atacante Diego Tardelli ainda em 2013. Um prazo de 30 dias foi estipulado pela Fifa para que a equipe realize o depósito de 3,1 milhões de euros (cerca de R$ 9,7 milhões) aos árabes, sob pena de sofrer sanções como perda de pontos, rebaixamento e até mesmo exclusão.

Como reflexo de sua condição financeira delicada, o time enfrenta ainda dificuldades para renovar com uma de suas peças-chave, o meia-atacante Guilherme, cujo acordo se encerra em março de 2015. Ele já se encontra livre para assinar um pré-contrato com um novo clube.

A folha salarial do time é hoje de cerca de R$ 7 milhões.

O presidente Alexandre Kalil deixa o cargo após as eleições do próximo dia 2 de dezembro. O seu vice, o vereador Daniel Nepomuceno, é o favorito a sucedê-lo no comando do Atlético-MG, que não conta atualmente com nenhuma oposição – o situacionista já divulgou, inclusive, que pretende manter a mesma base da atual diretoria.

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