Sonia Fiori/A Gazeta
Governador eleito, o senador Pedro Taques (PDT) lidera reunião ampliada, amanhã (14), com todos os eleitos da base aliada. Vice-governador eleito, Carlos Fávaro (PP), confirmou o encontro, apostando nos resultados das ações dos 12 Grupos de Trabalho para construir a reforma administrativa do Estado. A reunião, oficialmente para que Taques apresente os planos prévios para a futura gestão pública, deverá dar impulso ao momento mais esperado dos parceiros nas eleições de 2014: o de indicar nomes para a composição de primeiro escalão do Palácio Paiaguás.
Fávaro, contudo, preferiu frisar que cabe somente a Pedro Taques definir o quadro de gestores do Executivo. O assunto vem sendo tratado de forma sigilosa pelo pedetista com “poucos” aliados. A mesma discrição é verificada no deputado federal eleito, Adilton Sachetti (PSB), que na tarde de quartafeira comungou da posição de Fávaro: “O governador Pedro Taques não discutiu essas questões de indicação. Se houver esse espaço vamos avaliar, mas acho que ele está correto, que deve analisar bem o perfil de cada possível secretário, porque existe um trabalho muito grande a ser feito no Estado e ele (Taques) precisa de secretários capacitados para realizar as tarefas”, disse.
Ele descarta qualquer chance de vir a ocupar posto no governo do pedetista: “fui eleito para representar os eleitores de Mato Grosso na Câmara Federal, e considero que seria um desrespeito com essas pessoas ser eleito para uma função e depois ocupar outra”, assinalou.
Enquanto Taques limita debates em torno desse tema, aumentam nos bastidores as articulações entre partidos do pleito geral para encontrar nomes com o perfil exigido. As agremiações asseguram possuir “bons quadros”, como acentua o presidente estadual do PP, deputado federal eleito, Ezequiel Fonseca.
Progressistas defendem internamente indicação para a pasta da Educação, área que Fonseca possui ampla experiência. A gestão da educação é cobiçada, devendo ser pleito de outros partidos, por ser a secretaria detentora de um dos maiores volumes orçamentários da gestão pública.
O PSDB do deputado federal eleito, Nilson Leitão, também está no cenário das siglas a serem contempladas, preferindonão mencionar “nomes” antes da reunião com Taques. No PSB do prefeito Mauro Mendes, chegou a ser aventado o nome do deputado federal eleito, Fábio Garcia, como via a ocupar o staff. Mas a agremiação tem outras opções, como a deputada estadual Luciane Bezerra, sendo substituída na Assembleia Legislativa pelo marido na próxima Legislatura, o ex-prefeito de Juara, Oscar Bezerra (PSB).
O DEM do senador Jayme Campos está em compasso de espera. Não se manifestou, seguindo orientação do líder democrata, dando prosseguimento a linha independente em reação as tratativas.
Alguns nomes já seriam com passos adiantados rumo ao novo staff, caso do ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Seneri Paludo, além de “próximos” de Taques, como o advogado Marcos Marrafon.
Uma barreira dos partidos aliados, no processo discussão de indicados, é ajustar nomes ao “padrão Taques”, ou seja, distante de manchas no histórico profissional ou na carreira política. A previsão é de que até o dia 20 deste mês, sejam definidos 11 para compor o novo secretariado.