O Mineiro de 1928 foi conquistado pelo Palestra Itália. O centroavante João Fantoni, o Ninão, logo se transformou em ídolo da torcida, ao marcar 43 gols, 10 deles na vitória de 14 a 0 sobre o Alves Nogueira, de Sabará, a maior goleada dos 99 anos da história do campeonato. Mas não houve decisão. O campeão somou, ao fim da última rodada, 28 pontos contra 27 do rival.
Em 30 de maio de 1929, o Atlético inaugurou o seu estádio, Antônio Carlos – homenagem ao governador Antônio Carlos Ribeiro de Andrada -, na Avenida Olegário Maciel, na vitória de 4 a 2 sobre o Corinthians-SP. Mas ainda naquele ano houve a segunda decisão entre Palestra e Atlético. Rolou em 17 de novembro, no campo do primeiro deles, no Barro Preto. E dessa vez o dono da casa deu o troco, vencendo por 5 a 2. Marcaram ele, Ninão, duas vezes, Armandinho, Bengala e Binga (contra), descontando Jairo e Orlando. O Palestra foi tri em 1930 sem enfrentar o Galo, que abandonou o campeonato pela metade. Os dois últimos títulos acabaram sendo conquistados de forma invicta.
O Atlético voltou a ter hegemonia de Minas em 1931 e em 1932. Em 1931 aconteceu a terceira decisão, que deveria ser em melhor de três jogos: o Alvinegro fez 2 a 1 no Barro Preto, mas a Raposa não compareceu ao segundo deles, perdendo os pontos. O desentendimento entre ambos forçou novamente a criação de duas entidades em 1932. O Atlético ganhou o certame da Liga Mineira de Desportos Terrestres e o América o da Associação Mineira de Esportes Geraes, da qual também participou o Palestra.
Vale ressaltar que tais dissidências eram comuns naquela época. Mas a verdade é que a rivalidade andou esfriando porque o grande time palestrino tri em 1930 havia se enfraquecido, principalmente após a transferência de Ninão para a Lazio, da Itália, em 1931. E foi a vez do Vila Nova, de Nova Lima, periferia de BH, tomar conta do futebol das geraes, ganhando o tri em 1933, 1934 e 1935.