Simone Ishizuka/ GD
Cinco deputados estaduais foram nomeados para serem titulares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Cooamat, na manhã desta quarta-feira (05). Durante a sessão na Assembleia Legislativa, presidida pelo parlamentar José Riva (PSD), outros 5 foram indicados para serem suplentes da comissão.
Os titulares são Alexandre César (PT), Dilmar Dal’Bosco (DEM), Herminio J. Barreto (PR), Emanuel Pinheiro (PR) , além do próprio Riva, que é autor da CPI. Já os suplentes são: Teté Bezerra (PMDB), Guilherme Maluf (PSDB), Walter Rabelo (PSD), Mauro Savi (PR) e João Malheiros (PR).
“Na verdade foram indicado os membros, porque expirou o prazo de indicação pelos líderes de bancada, o que nós fizemos foi confirmar a indicação dos membros. Os suplentes só serão convocados, logicamente, na desistência de um destes titulares”, explicou Riva.
Conforme o deputado, ainda esta semana será feita uma reunião de instalação onde serão eleitos o presidente e o relator da CPI entre os membros titulares do caso.
Sobre quais estratégias irá adotar para as investigações, uma vez que os deputados têm cerca de 40 diaspara apurar todas as informações, Riva decidiu desconversar e deixar para que os membros indicados saibam quais melhores caminhos tomar nestes próximos dias.
“Eu prefiro dizer que a CPI vai constatar isso. Quando você tem um indício forte, os capítulos da CPI são muito claros, a forma de você chegar nesta apuração é numa Comissão Parlamentar de Inquérito. Você tem livre acesso a documentos, você pode marcar depoimentos, você pode exercer o papel de fiscalizador na sua plenitude. Até com polícia”.
Em relação aos documentos levantados que supostamente acusam o empresário Eraí Maggi (PP), sócio da Cooperativa investigada, além de parentes e funcionários do pepista de sonegação de impostos, o parlamentar se limitou em dizer que há fortes indícios, mas preferiu deixar para que a CPI apure os fatos.
“Eu acredito que a partir deste trabalho nós vamos constatar isso. Por enquanto nós temos fortes indícios. Não podemos confirmar ainda se houve desvios. Primeiro é que nós não tivemos condições de fazer este trabalho pleno porque nós não tínhamos a CPI instalada. Eu tomei a decisão de, a partir do momento da instalação, ter cautela nisso. Nós vamos fazer um trabalho e nós vamos anunciar a cada sessão, a cada reunião o que vamos encontrar”.
Ele ainda ressaltou que terá cautela em divulgar números e envolvidos, antes de ter todo o caso apurado pelos parlamentares. “É muito prematuro ficar indicando. Nós fizemos já algumas avaliações, estimulou números. Mas os números nós não temos com exatidão. Nós temos que fazer só através da CPI. Então não adianta estar aqui anunciando. Acho que nós temos que fazer um trabalho sério e divulgar o trabalho”.