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Com apenas mais 2 meses de mandato pela frente e amargando a derrota de seu grupo político nas eleições 2014, o governador Silval Barbosa (PMDB) irá entregar, em janeiro de 2015, o comando de Mato Grosso para Pedro Taques (PDT). O pedetista vem, ao longo dos últimos anos, tecendo várias críticas à gestão do peemedebista, mas apesar disso Silval garante que não joga no time do “quanto pior melhor” e deseja boa sorte ao seu sucessor, garantindo que estará pronto para ajudar Taques no que for preciso.
Silval acredita que Taques, apesar de ter sido oposição ao governo federal em Mato Grosso, não deverá ter dificuldade de relacionamento com o governo Dilma Rousseff que continuará no comando do país até 2018. “Não acredito em dificuldade de relacionamento até porque nunca vi a presidente Dilma perseguir ninguém. Eu tive facilidade porque eu construí isso lá atrás, o meu partido que tem o vice-presidente Michel Temer e isso ajudou muito. Agora o Pedro Taques tem 2 senadores, no mínimo, que vão ajudar muito ele”.
O governador avalia que o senador Blairo Maggi (PR) foi muito firme na campanha da presidente e o deputado federal Wellington Fagundes, eleito senador, teve uma boa atuação ao coordenar a campanha da petista em Mato Grosso. “Eu acredito que esses 2 senadores, pela influência e capacidade que têm, vão abrir as portas para o governo de Mato Grosso e no que depender de mim, junto com o meu partido, vou trabalhar para ajudar naquilo que eu puder ajudar. Não quero ser nenhum empecilho, não quero estar vendo o quanto pior melhor, não”, pontua.
Barbosa garante integrar o grupo de mato-grossenses que torcem pelo melhor do Estado independente de qual partido ou grupo político está governando. “Quanto melhor, melhor pra mim, melhor pra Mato Grosso porque eu sou cidadão mato-grossense e moro aqui, minha família é daqui. Quero ver meu Estado pontuar mais, o maior produtor de grão, o Estado que mais cresce, que está criando oportunidades. É isso que eu quero e torço que o próximo governador faça uma grande gestão”.
Como exemplo de que não tem intenção de torcer contra a gestão do pedetista, o governador citou os 2 contratos totalizando R$ 720 milhões assinados com o Banco do Brasil na segunda-feira (27) para restauração e manutenção de rodovias estaduais e para substituir pontes de madeira velhas construindo pontes novas de concreto. Explicou que venceu toda a fase burocrática e assinou os contratos com carência de 5 anos para pagar as primeiras parcelas cabendo ao próximo governo apenas executar as obras sem precisar desembolsar nenhum pagamento.
“Se eu fosse daqueles do quanto pior melhor, eu ia falar olha tem que dar contrapartida tem que por um dinheiro aqui, eu quero terminar com mais dinheiro em caixa, deixa isso aí que o outro faz. Mas não. Temos limites e se não assinasse os contratos depois teria que começar tudo do zero. Talvez no ano que vem nem sairia esse recurso, então eu quero deixar pronto para que o outro governo só dê continuidade e execute as obras que Mato Grosso e a população precisam”.
Silval também não espera que a população sinta sua falta após deixar o governo. “Tomara que não, tomara que eles sintam a presença do governador Pedro Taques, que ele consiga executar tudo que prometeu na campanha. Ele fez um programa muito arrojado, tomara que consiga meios para executar aquilo que prometeu para a sociedade”, destacou.