Na sequência das orientações semelhantes para os homens, a segunda parte do primeiro estudo que documenta como a coluna vertebral se movimenta durante o sexo divulgou as recomendações para as mulheres sobre como se posicionar na hora H para prevenir as dores nas costas.
A equipe da Universidade de Waterloo afirma que tudo depende do tipo de dor nas costas que aflige a paciente.
As mulheres que têm dor ao se alongar para tocar os dedos dos pés ou depois de permanecerem sentadas por longos períodos são consideradas intolerantes à flexão, e os pesquisadores recomendam que experimentem o sexo de lado ou de quatro, posição em que a mulher deve se apoiar nas mãos, em vez de usar os cotovelos.
E no outro oposto, mulheres intolerantes à extensão, o que significa que sentem dor ao arquear as costas ou deitar de barriga para baixo, devem adotar a posição de missionário e colocar um travesseiro sob a coluna para apoio.
A posição de lado era recomendada para as intolerantes à extensão, porém o estudo da Waterloo desmentiu a afirmação desde que a primeira leva de suas conclusões foi revelada, recomendando o sexo de quatro para os homens que querem evitar a dor nas costas.
“Tradicionalmente, a posição de lado era recomendada pelos médicos para todos os indivíduos com dor nas costas, porque se pensava que reduzia a tensão nervosa e a carga sobre os tecidos”, explica Natalie Sidorkewicz, doutoranda na Waterloo que liderou o estudo. “Mas, quando analisamos o movimento da coluna e da atividade muscular, descobrimos que a posição de lado pode realmente ser uma das piores para determinados tipos de dores nas costas.”
Para a pesquisa, 10 homens e mulheres saudáveis transaram em cinco posições diferentes pré-estabelecidas, entre elas a posição de quatro, apoiando o corpo sobre os cotovelos e, novamente, sustentando-o com as mãos.
Eles também fizeram duas variações da posição de missionário, uma das quais exigiu maior flexão no quadril e nos joelhos. A posição final analisada foi a de lado.
Sistemas de captura de movimento infravermelhos e eletromagnéticos foram utilizados para avaliar como os pesquisados movimentavam a coluna vertebral durante a relação sexual.
Eles não levaram em conta fatores como o uso de preservativos ou os métodos contraceptivos à base de hormônios que possam ter afetado a sensibilidade genital e, portanto, o movimento durante o sexo.
O estudo foi publicado no periódico European Journal Spine.
