Considerado um avanço, o anúncio da pré-temporada de 25 dias para os clubes em seu calendário de 2015 pode ser revisto pela CBF. O presidente da entidade, José Maria Marin, e seu vice Marco Polo del Nero marcaram para essa terça-feira um encontro com Mauro Carmélio, da federação cearense, que tem como pauta principal o aumento número de datas para os estaduais.
Assim, em vez de iniciarem em fevereiro, conforme previsto, as competições voltariam a ser disputadas a partir de janeiro.
A demanda tem por trás, sobretudo, as federações nordestinas.
Mauro Carmélio, interlocutor delas, tenta aumentar o número de datas dos estaduais da região de 12 para pelo menos 16. O objetivo é permitir que o calendário local não tenha de seguir obrigatoriamente o anunciado pela CBF no último mês de agosto.
Na ocasião, a entidade atendeu em parte um pedido de mudança do movimento Bom Senso F.C., que solicitava a destinação de 30 dias para pré-temporada. A entidade chegou a sinalizar positivamente para a modificação, mas, ao divulgar as datas, voltou atrás e não concretizou o combinado.
Um dos argumentos das federações da região é de que os seus representantes dividem atenção com o Nordestão e, por isso, a situação dos clubes mais modestos é diferente da acompanhada em outros lugares.
O calendário geral da CBF previa 21 datas para Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo.
Rio Grande do Norte cogita até mesmo recorrer ao Ministério Público para ter o seu desejo atendido.
“A maioria das equipes teria de passar novembro, outubro, dezembro e janeiro desativadas e sendo obrigadas a arcar com folha. Então, estamos tentando a utilização dessas datas para a partir da segunda quinzena de janeiro. O Brasil conta com um território continental, características climáticas próprias, cabe a cada federação adequar o seu campeonato ao interesse público e privado”, defende o potiguar José Vanildo ao ESPN.com.br.
Os representantes da região se encontram com prestígio neste novo ciclo pós-Copa – Ednaldo Rodrigues, da Bahia, o próprio Mauro Carmélio, do Ceará, e Evandro Carvalho, de Pernambuco, foram nomeados chefes de delegação da seleção no retorno de Dunga.