Ronaldinho descarta aposentadoria, mas esconde futuro

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Desejo do jogador era sair vencedor da equipe mineira

O meia Ronaldinho Gaúcho fez a sua despedida oficial do Atlético-MG nesta quarta-feira, durante entrevista coletiva em Belo Horizonte, mas não quis revelar qual será seu futuro profissional. Adiantou pelo menos que está descartada a possibilidade de encerrar a carreira. Aos 34 anos, ele contou que o telefone do seu irmão e empresário, Roberto Assis, “está tocando bastante” – os Estados Unidos e o mundo árabe são apontados como seus possíveis destinos.

Questionado sobre seu futuro no futebol, Ronaldinho Gaúcho afirmou que pretende “continuar fazendo sua história” no esporte. “É meu objetivo. Continuar. Deixei meu irmão pensando e eu descontraindo”, disse ele, referindo-se a Assis, que cuida da sua carreira. “A partir da semana que vem, a gente conversa sobre o futuro. Nem conversamos a respeito ainda, mas sei que o telefone dele está tocando bastante.”

Contratado após uma saída conturbada do Flamengo em 2012, Ronaldinho Gaúcho marcou sua passagem pelo clube mineiro com a conquista do inédito título da Libertadores, no ano passado, além de um Campeonato Mineiro e da Recopa Sul-Americana – a final deste torneio, inclusive, foi seu último jogo com a camisa atleticana, quarta-feira passada, diante do Lanús, no Mineirão, quando se sagrou campeão.

“Queria sair daqui vitorioso. Foi o que sempre quis quando vim pra cá. Falei com o presidente que ia entrar para a história desse clube”, declarou Ronaldinho Gaúcho, referindo-se a Alexandre Kalil, que se disse orgulhoso de “presidir um dos maiores jogadores de todos os tempos do futebol mundial”.

O astro chegou ao Atlético-MG sem anúncio prévio em junho de 2012 e rapidamente conquistou a torcida. Nos últimos compromissos do time, porém, Ronaldinho Gaúcho não teve atuação de destaque e chegou a ser substituído pelo técnico Levir Culpi. Apesar disso, ele negou haver qualquer atrito com o treinador e alegou que sua saída do clube, definida na última segunda-feira, é apenas “o fim de um ciclo”.

“Não tive problema nenhum com Levir. Não tive tempo de conhecer. É um grande treinador, que já provou isso. Desejo toda sorte do mundo. O que levou à minha saída foi sair de cabeça erguida, como um jogador vitorioso”, salientou Ronaldinho Gaúcho, durante a entrevista coletiva.

Ao se despedir, Ronaldinho Gaúcho admitiu frustração por não ter conquistado o Campeonato Brasileiro e o Mundial de Clubes, títulos que ele “gostaria muito” de ter ganhado com a camisa atleticana, mas ressaltou que o Atlético-MG é a sua “segunda casa”. “Posso estar morando em qualquer outro lugar do mundo, mas sei que aqui será minha segunda casa. Sei que fiz algo e tenho onde ir o resto da minha vida”, disse o astro. “Para essa criançada, para a torcida do Galo, não é um adeus. Vou continuar vindo aqui, visitando meus amigos. Estou deixando muita gente aqui. A torcida do Galo, para mim, é eterna e vou com eles até um fim. É um até breve”, concluiu.

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