A Justiça de Mato Grosso acatou pedido do Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e voltou a decretar nesta sexta-feira (06) a prisão preventiva do delegado João Bosco Ribeiro, da esposa dele, a investigadora da Polícia Civil Gláucia Cristina Moura Alt, e mais 13 pessoas, sendo 4 delas também policiais civis. A defesa do delegado e sua esposa não concorda com os argumentos usados para embasar o novo pedido de prisão, de supostas ameaças para prejudicar as investigações e por isso, vai pedir a revogação das prisões dos seus clientes na próxima segunda-feira (09).
Eles foram investigados operação Abadom, deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressao a Entorpecentes (DRE), no dia 27 de junho deste ano, para prender fornecedores e distribuidores de drogas que atuavam em Grande Cuiabá e Várzea Grande. Bosco e sua esposa foram presos na época e dias depois conseguiram que o próprio juiz autor da prisão, revogasse a ordem a pedido do advogado deles, Paulo Zamar Taques. Ambos foram presos no dia 27 de junho e mas Bosco ganhou liberdade no dia 2 de julho enquanto Gláucia ficou mais tempo detida e só foi solta na noite do dia 16 de julho.
Porém, agora surgiram fatos novos no caso, e o Gaeco representou pela prisão de todos os envolvidos. O pedido foi deferido pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado. O inquérito já foi concluído e enviado ao MP que já ofereceu denúncia ao Judiciário. Como a denúncia já foi aceita, todos são réus.
Agora, com os réus que voltam a ser presos serão encaminhados para o prédio da Gerência de Operações Especiais (GOE). O Gazeta Digital apurou que até a tarde desta sexta-feira, 4 policiais civis já haviam sido presos. São eles: George Fontoura Filgueiras, Leonel Constantino de Arruda, Cláudio Roberto da Costa e Márcio Severo Arrial.
Reprodução Facebook Delegado e esposa, a policial civil Gláucia Cristina Moura Alt tiveram a prisão decretada novamente |
Contudo, a ordem de prisão contra o delegado Bosco e sua esposa ainda não havia sido cumprida pela Polícia Civil. O Ministério Público explicou que os mandados de prisões foram encaminhados para a Corregedoria da Polícia Civil para o devido cumprimento, por se tratar de alguns membros daquela instituição.
O restante dos réus que tiveram o mandado de prisão decretado são: Eduardo Juliano dos Santos Bravo (Dudu), Marco Antônio da Silva (Neném), Volcmar Pires de Barros (Velho), Eduardo de Paula Gomes, Renildo Silva Rios (nego Renildo), Kaíque Luiz de Oliveira, Marlene Ramos (Maria), Wanderlei Zamoner (Negão) e Anderson Nascimento Gonçalo. Todos são foram indiciados, pois o inquérito já foi concluído pela Alana Cardoso e a denúncia oferecida ao Judiciário.
De acordo com os promotores de Justiça do Gaeco, que atuaram no caso, o delegado de Polícia, João Bosco Ribeiro de Barros juntamente com sua esposa, a investigadora da Polícia Civil, Gláucia Cristina, atuando em conjunto com o denunciado Anderson Nascimento Gonçalo, agiram mediante recebimento ou promessa de vantagem indevida no intuito de darem proteção e cobertura à atividade criminosa desencadeada pelo traficante de drogas Marco Antônio da Silva, também conhecido como “Neném”.