No mercado do marketing esportivo, houve quem se mostrasse surpreso com a notícia de que a seguradora alemã Allianz pagaria R$ 300 milhões para ter direito a dar nome ao novo estádio do Palmeiras. Entretanto, embora a empresa não negue ou confirme oficialmente o valor pelo acordo de 20 anos, prorrogáveis por mais dez, os executivos parecem seguros do montante.
Fontes consultadas pelo R7, disseram na semana passada que gostariam de ter acesso aos dados que a seguradora alemã usou para topar pagar tamanha cifra pelo naming rights em um País sem tradição na área, como o Brasil. Estaria o montante “inflacionado”?
O diretor-executivo de gestão de mercado e estratégia da Allianz, Felipe Gomes, rebateu aqueles que, no mercado financeiro e no setor do marketing esportivo, ainda creem que o tiro sairá pela culatra. O executivo relembra que a seguradora já tem acordos semelhantes em Munique, Londres, Nice e Sydney para dar nome a arenas.
— Acho que já temos experiências em quatro outros estádios (pelo mundo) para saber se faz sentido ou não faz realizar esse tipo de investimento. Sabemos também dos padrões de investimentos que fizemos em outros países, então talvez tenhamos um histórico e saibamos o que estamos fazendo.
Ainda de acordo com o executivo, a resposta até aqui vinda da matriz na Alemanha foi “extremamente positiva”, dando a entender que, mais do que dar nome a um estádio, a iniciativa da Allianz vai além e visa posicionar a marca junto ao mercado brasileiro, um dos que mais crescem no mundo na área de seguros.
Felipe Gomes ainda faz uma previsão: o montante investido será devolvido aos cofres da empresa em menos tempo do que o contrato firmado, gerando lucros para a seguradora. A estimativa é baseada na resposta que, segundo ele, a Allianz já obteve até o momento, antes mesmo da inauguração do estádio, prevista para o primeiro trimestre de 2014.
— O que posso dizer é que, o retorno de mídia espontânea, só nesses dias em que lançamos os nomes na coletiva (no fim de abril) já nos trouxe um retorno acima do que esperávamos. É 100% de certeza que não só vamos recuperar o investimento, mas até em menos prazo e vamos atingir o nosso principal objetivo, que é estar cada vez mais próximo do consumidor final, das pessoas no Brasil, já que viemos para ficar.
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