A Diretoria do Serviço Geográfico do Exército Brasileiro concluiu em novembro passado a perícia histórica que vai delimitar os novos limites entre os Estados do Pará e Mato Grosso. De posse do laudo pericial, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da Ação Civil Ordinária (ACO 714) que trata da demarcação dos novos limites, solicitou em 14 de março ao procurador Geral da República Roberto Gurgel a emissão de parecer final sobre a ação que tramita desde 2004 na Suprema Corte. O prazo para que as procuradorias dos dois Estados apresentem alegações finais na ACO 714 já se esgotou. De acordo com a PGR, a entrega do parecer aos ministros do STF não tem hora para acontecer.
Ao ingressar com a ação, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) de Mato Grosso pretende manter a divisa nos marcos definidos pelo marechal Cândido Rondon há mais de 100 anos. A ação foi movida pela PGE devido a um equívoco cometido pela equipe do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, hoje IBGE, que substituiu o Salto das Sete Quedas pela Cachoeira das Sete Quedas, ao traçar a linha divisória entre os Estados do Pará e de Mato Grosso, em 1922. Pelo fato de o erro na delimitação ter sido cometido pelo órgão que antecedeu ao IBGE, a PGE-MT pediu ao ministro Marco Aurélio Mello que a nova perícia fosse feita pelo Exército Brasileiro, órgão que teria, na avaliação da PGE, mais insenção para redefinir os limites territoriais. |
Fonte: De Brasília – Vinícius Tavares |