Senador mineiro diz esperar por adesão do ex-governador paulista ao seu projeto para 2014
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu, na noite desta segunda-feira (25), o apoio do PSDB de São Paulo para assumir a presidência do partido e dar continuidade ao seu projeto de se candidatar à Presidência da República nas eleições de 2014.
Em congresso da legenda na capital paulista, o mineiro recebeu a bênção pública do governador Geraldo Alckmin; do atual presidente da legenda, Sérgio Guerra; e do principal entusiasta de seu projeto, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Questionado sobre o possível enfraquecimento que o apoio de Alckmin pode significar à trajetória política de José Serra, Aécio disse acreditar que o paulista vai aderir ao seu projeto.
— Tenho um respeito enorme pelo governador José Serra, tenho absoluta convicção de que sua vida pública de respeito e a coerência de suas posições vão levá-lo a aderir […] Tenho certeza de que sempre vai haver um lugar de destaque para o governador José Serra, obviamente, sempre que ele quiser.
Aécio ganha apoio de Alckmin para assumir presidência do PSDB
O movimento de aproximação com a ala paulista do PSDB é decisivo na articulação da candidatura do mineiro em 2014. O partido vive uma disputa interna entre os apoiadores do senador e os aliados do ex-governador José Serra, que esperavam lançar o paulista à liderança da legenda.
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O racha, no entanto, foi minimizado no discurso de todos os tucanos que foram ao microfone durante o evento. Eles fizeram questão de reforçar a unidade do partido.
Apesar de ser uma das principais lideranças do PSDB em São Paulo, Serra não esteve presente no Congresso. De acordo com Fernando Henrique Cardoso, ele viajou aos Estados Unidos para um evento na Universidade de Princeton, “que estava marcado há muito tempo”.
Críticas
Aécio disparou contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Para o mineiro, a gestão da petista é ineficiente e o PSDB “não tem o direito” de deixar de lançar um projeto alternativo. Apesar das críticas, Aécio tentou evitar discursar como candidato. Disse que está atendendo a um “chamado” do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de Alckmin para divulgar o projeto do partido pelo País.
— No amanhcer de 2014, aí sim, vamos estar todo juntos prontos para enfrentar esse governo que vai estar desgastado, cansado, que perdeu a capacidade de tranformar. O PT abriu mão de um projeto de Pais transformador, que dizia ter, e se contenta hoje exclusivamente em ter um projeto de poder. É um vale tudo.
O senador voltou a dizer que a reforma ministerial de Dilma foi um artifício da presidente para conseguir maior exposição na mídia.
