Pesquisa mostra que mulheres que tomaram aspirina por cinco ou mais anos tinham 30% menos risco de desenvolver melanoma
Mulheres que tomam aspirina têm um risco reduzido de desenvolver melanoma. É o que mostra estudo de pesquisadores da Stanford University School of Medicine, nos EUA.
Os resultados sugerem que quanto mais tempo o analgésico é tomado, menor o risco de desenvolver a forma agressiva de câncer de pele.
A pesquisa, que foi parte do Women’s Health Initiative, avaliou mulheres de 50 a 79 anos por uma média de 12 anos e observou quais participantes desenvolveram câncer.
No início do estudo, as mulheres foram questionadas sobre quais medicamentos faziam uso o que comiam e que atividades realizavam.
Quando Jean Tang e seus colegas analisaram dados disponíveis de 59.806 mulheres brancas no estudo, eles descobriram que aquelas que tomaram aspirina por mais tempo foram menos propensas a desenvolver melanoma durante os 12 anos de acompanhamento.
No geral, as mulheres que usaram aspirina tinham um risco 21% menor de câncer de pele em relação a não usuárias. Cada aumento incremental no tempo de utilização de aspirina foi associado a um risco 11% mais baixo de melanoma.
Assim, as mulheres que usaram aspirina durante cinco ou mais anos tinham um risco 30% menor de ter melanoma do que as mulheres que não usaram o analgésico.
“A aspirina funciona reduzindo a inflamação e pode ser por isso que pode diminuir o risco de desenvolver o melanoma. Outros medicamentos para a dor, como o paracetamol, não reduzem o risco da doença nas mulheres”, afirma Tang.
Segundo os pesquisadores, os resultados apoiam a concepção de um ensaio clínico para testar diretamente se a aspirina pode ser tomada para prevenir o melanoma.