Interrupção temporária das obras na barragem não afeta andamento
de atividades no entorno da usina
Todos os programas sociais e ambientais iniciados em função da
Usina Hidrelétrica Colíder estão em andamento mesmo com a paralisação
temporária da obra. A maioria dos programas do Projeto Básico Ambiental da
usina não depende diretamente das atividades na barragem e, por isso, podem ser
executados normalmente.
Os técnicos da Sociedade de Amigos do Museu de História Natural de
Alta Floresta (Samaf) que realizam o resgate de animais fazem rondas diárias na
região do canteiro de obras para observar se há animais que precisam ser
resgatados. Os profissionais também acompanham vestígios, como pegadas, e
utilizam armadilhas fotográficas para registrar a presença de espécies no
local.
Os exemplares capturados vão para um centro provisório de triagem,
que fica no próprio canteiro de obras, onde são analisadas suas condições de
saúde. Cada caso é tratado de uma forma. Há animais que podem ser soltos em
outras áreas da região (com as mesmas características de habitat natural da
espécie). Há casos em que o animal precisa ser transferido a um criadouro
autorizado e há situações em que alguns indivíduos são incluídos em coleções
depositadas na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), principalmente
quando são encontrados mortos, quando entram em óbito após todas as tentativas
de salvamento ou quando existem dúvidas sobre sua identificação científica.
Nesse último caso, os exemplares são aproveitados em pesquisas. Todo o processo
é acompanhado e autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis – Ibama.
Investimento
social
Outra atividade
que avançou em fevereiro foram os programas ligados às demandas sociais e de
infraestrutura dos municípios de Colíder, Nova Canaã do Norte e Itaúba. No fim
do mês, aconteceu em Colíder mais
uma reunião do Grupo de Trabalho (GT) que discute ações a serem desenvolvidas
nas áreas de saúde, educação, segurança e assistência social.
O grupo faz parte de um acordo firmado pela Copel em 2011 que
inclui o repasse de R$ 6 milhões aos municípios. Uma consultoria foi contratada
para acompanhar os índices de crescimento populacional e possíveis alterações
nos serviços públicos da região. Em março, a empresa dará início aos
levantamentos.
Tais atividades fazem parte do Programa de Apoio ao Município
(Subprograma de Procedimentos de Análise e Atendimento de Demandas das Prefeituras
Municipais e Subprograma de Monitoramento de Indicadores Sociais, Econômicos e
Finanças Municipais) que compõe o Projeto Básico Ambiental (PBA) da Usina
Hidrelétrica Colíder. O PBA possui 32 programas que visam a diminuição e a
compensação de impactos causados pela implantação do empreendimento. Todos os
programas são fiscalizados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente
(SEMA-MT).
Incidente
As
obras civis da Usina Hidrelétrica Colíder foram temporariamente paralisadas
depois que funcionários das empreiteiras J. Malucelli
e CR Almeida contratados para trabalhar na construção civil da usina destruíram
90% das estruturas administrativas do canteiro de obras. Foram incendiados
escritórios, alojamentos, áreas de lazer, banco, refeitório, galpões e
veículos. Os motivos ainda estão sendo investigados. O Sindicato dos
Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada de Mato Grosso (Sintecomp)
divulgou em nota que as depredações não foram motivadas por reivindicações
trabalhistas e que não houve determinação de realizar qualquer tipo de
paralisação ou danos à obra.
UHE Colíder
A Usina Hidrelétrica Colíder está sendo construída no rio Teles
Pires, norte do Mato Grosso. Terá potência instalada de 300 megawatts – o
suficiente para atender ao consumo de aproximadamente 850 mil pessoas – e um
reservatório que abrangerá áreas dos municípios de Nova Canaã do Norte,
Colíder, Itaúba e Cláudia.
A Copel Geração e Transmissão S.A., subsidiária integral da
Companhia Paranaense de Energia, arrematou a concessão para construir e operar
a usina no leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
em 30 de julho de 2010. Para executar as obras e projetos da hidrelétrica, foi
contratado um consórcio formado pelas empresas J. Malucelli, CR Almeida, Wind Power
Energia, Engevix Engenharia e VLB Engenharia.
Fonte: assessoria de imprensa Copel. Alina Prochmann