Congresso encerra votação dos vetos dos royalties, mas resultado só será divulgado na quinta-feira

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Decisão do Supremo, porém, poderá anular a votação a pedido de Estados produtores

Marina Marquez, em Brasília

Fábio Rodrigues Pozzebom/06.03.2013/ABrVotação dos vetos aos royalties do petróleo teve tensão do início ao fim

O Congresso Nacional encerrou há pouco a votação dos mais de 140 vetos da presidente Dilma Rousseff à lei que altera a distribuição dos royalties do petróleo. A apuração dos votos será feita manualmente pela Mesa Diretora do Congresso e o resultado deve ser divulgado só no fim da tarde desta quinta (7).    

Cada um dos 513 deputados e dos 81 senadores recebeu oito páginas de cédulas para votar. Eles marcaram sim, não ou abstenção em cada um dos vetos e entregaram para a Mesa os papéis.   

Com o fim da votação, a apuração pela Mesa do Congresso começa. A sessão do Congresso para analisar os vetos começou por volta de 20h e foi de tensão do começo ao fim.   


Parlamentares de Estados produtores e não-produtores de petróleo bateram boca, deputados e senadores do Rio de Janeiro e Espírito Santo se retiraram do plenário e prometeram recorrer à Justiça para contestar o resultado da votação.  

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) cortou o microfone e diminuiu o tempo de discurso dos parlamentares e enfrentou protestos de “Fora Renan”.  

Impasse

O resultado da votação dos vetos pode sair nesta quinta-feira e não ter validade. A bancada do Rio de Janeiro entrou com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) com um pedido de suspensão da sessão.   

Como o ministro relator da ação, Luiz Fux, disse que só daria uma resposta nesta quinta, se ele concordar com a argumentação dos Estados produtores, a sessão de votação dos vetos dos royalties pode ser anulada.   

A ação pede a anulação porque diz que os dois vetos publicados no Diário Oficial da União na última terça-feira (5) não poderiam ser votados juntamente com os outros.   

Para alguns parlamentares, eles deveriam ser analisados separadamente por uma comissão mista e ter um outro calendário de votação, como determina a Constituição e o Regimento Comum do Congresso.   

Se a sessão for mantida, os Estados produtores pretendem recorrer também ao STF para julgar o mérito. Um dos vetos, se derrubado, redistribui os royalties dos contratos já firmados, causando prejuízo principalmente para Rio de Janeiro e Espírito Santo.   

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