Jardel P. Arruda
Depois de ter sido vetada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) de tentar se reeleger ao cargo de senadora nas eleições de 2010, a professora Serys Slhessarenko (sem partido) mira entrar na disputa pela única vaga ao Senado que estará disponível em 2014. A ex-senadora ainda não digeriu a forma com que foi tratada pela PT no ultimo pleito eleitoral que participou, e quer ter sua popularidade posta a prova em um teste popular.
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“Há dois anos fui vetada de tentar o Senado. Na época, eu tinha um mandato muito bem avaliado, era considerado o oitavo melhor. Foram 126 projetos de lei, mais de 220 relatorias, participei de todas as comissões existentes, continuamente da de Constituição e Justiça, mas infelizmente não deixaram nos avaliar. Nós gostaríamos de ter essa avaliação popular”, disse a senadora, em entrevista a imprensa após a cerimônia de posse da nova diretoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, na sexta-feira (1).
Contudo, a ex-petista não condiciona sua participação na eleição de 2014 a possibilidade de concorrer ao Senado. De acordo com ela, depois de filiar-se a um partido ela precisará respeitar as alianças forjadas, e observar todos os fatores na hora de se montar a chapa majoritária. “Eu preciso ser candidata ao Senado, mas se meu partido tiver um candidato ao governo, não posso exigir isso, porque a segunda vaga majoritária precisa ser de outra sigla da aliança”, explicou.
De fato, a uma candidatura de Serys ao Senado deve ser decidida com base ao partido que ela se filiar. Caso o Rede Sustentabilidade, partido em faze de criação, da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva consiga reunir as assinaturas necessárias para participar da próxima eleição, é praticamente certo que ela se filie a nova sigla, o que lhe daria mais liberdade a escolher a que cargo se lançar.
Por outro lado, se o novo partido não conseguir as assinaturas necessárias, Serys terá de se filiar a uma sigla já existente, possivelmente o PDT, cujo candidato ao governo deverá ser o senador Pedro Taques. Nesse caso, seria difícil ela conseguir viabilizar uma candidatura ao Senado, pois seria preciso disponibilizar essa “vaga” para outro partido da aliança.