Descoberta pode ajudar a aumentar a segurança e a eficácia de transplantes de medula óssea e melhorar o tratamento da Aids
Pesquisa realizada na UT Southwestern University, nos EUA, pode permitir criar células-tronco formadoras de sangue em laboratório.
A pesquisa revela o ambiente dentro da medula óssea que ajuda a combater infecções. Os pesquisadores identificaram a definição biológica para células formadoras de sangue que produzem as células brancas conhecidas como células T e células B.
Os dados mostram que as células chamadas linfoides progenitoras iniciais, que são responsáveis pela produção de células T e células B, prosperam em um ambiente conhecido como nicho osteoblástico.
A investigação, publicada na revista Nature, também estabelece uma abordagem promissora para o mapeamento do sistema inteiro de formação do sangue pelos pesquisadores.
Os cientistas, liderados por Sean Morrison, já sabem fabricar grandes quantidades de células estaminais que originam o sistema nervoso, pele e outros tecidos. Mas eles não têm sido capazes de produzir células-tronco formadoras de sangue em laboratório, em parte devido a uma falta de compreensão sobre o nicho em que as células estaminais formadoras de sangue e as células progenitoras residem no corpo.
Segundo os pesquisadores, a pesquisa os coloca um passo mais perto do desenvolvimento de terapias com células do sistema de formação do sangue que não existem hoje.
Estas descobertas podem eventualmente ajudar a aumentar a segurança e a eficácia de transplantes de medula óssea, como aqueles necessários após medula saudável ser destruída por radiação ou quimioterapia usada em tratamentos para a leucemia infantil.
Os resultados também podem ter implicações para o tratamento de doenças associadas com a perda de células que combatem a infecção, tais como HIV.