Um terremoto de 7,3 graus na escala Richter atingiu, nesta sexta-feira (7), o nordeste do Japão, com epicentro no mar em frente a costa da província de Miyagi, e gerou um alerta de tsunami.
O terremoto, que também foi sentido em Tóquio, aconteceu às 17h18 local e imediatamente depois as autoridades emitiram uma advertência para uma possível alta do nível das águas no litoral de cinco províncias do nordeste do país.
A Agência Meteorológica japonesa avisou que um tsunami de até um metro poderia chegar na costa de Miyagi, uma das províncias mais afetadas pelo forte terremoto e tsunami de março de 2011.
No litoral de Fukushima, província que abriga a usina nuclear de mesmo nome, as águas podem subir até 50 centímetros. O epicentro do terremoto se situou a uma profundidade de 10 km sob o fundo do mar.
As autoridades pediram que os moradores das zonas próximas buscassem refúgio em lugares elevados. Segundo a Agência Meteorológica japonesa, o tremor foi sentido em quase vinte das 47 províncias do país.
Americanos descartam possibilidade tsunami
Apesar de as autoridades japonesas teren emitido um alerta de tsunami, a agência americana do setor ter descartou grandes repercussões no Pacífico.
"Não há uma ameaça de tsunami importante e destrutiva, mas os terremotos desta potência podem gerar tsunamis locais com capacidade destrutiva nas costas", afirma uma nota do centro americano, que tem sede no Havaí.
Mas a agência nipônica advertiu que a onda pode atingir dois metros de altura na costa nordeste, epicentro do tremor, a 10 km de profundidade.
Várias regiões do Japão sentiram o tremor, em particular os municípios afetados pelo terremoto de 9 graus registrado em março de 2011, que provocou um maremoto e a morte de 20 mil pessoas e a destruição parcial da central nuclear de Fukushima.
A empresa de energia elétrica Tokyo Electric Power (TEPCO) anunciou não ter constatado nenhuma anomalia nas centrais nucleares do nordeste do país.
"Não registramos nada anormal nos dados de seis reatores da central de Fukushima Daiichi", afirmou um porta-voz da TEPCO, em referência a uma unidade gravemente afetada pelo acidente do ano passado.
Também não foram constatados problemas na segunda central de Fukushima (Daini), nem em Onagawa.
Os edifícios tremeram em Tóquio, que fica a centenas de quilômetros do epicentro do terremoto.