Ansiosa pelo julgamento que irá definir o futuro de cinco dos sete acusados de participar do desaparecimento e da morte da ex-modelo Eliza Samudio, a mãe da vítima, Sônia de Fátima Moura, diz que não consegue dormir desde o dia 8 de outubro, data em que a Justiça definiu para 19 de novembro a realização do júri popular a que serão submetidos os réus, dentre eles o goleiro Bruno Fernandes.
— Vou ver se essa semana eu consigo ir à médica para pegar um remédio. Estou dormindo duas, três horas por noite.
Ela afirma que, com toda a certeza, estará no Fórum de Contagem, na região metropolitana de BH, para acompanhar o julgamento, no dia 19 de novembro, e que só voltará para casa após o fim do julgamento.
— Estarei lá todos os dias. Acho que devem ser dez [dias de julgamento], né?
A expectativa de Sônia, segundo ela, é que, no julgamento, algum dos acusados revele onde está o corpo de Eliza.
— Quero poder voltar com os restos da minha filha e depois nunca mais voltar nessa cidade [Contagem]. A única coisa que vai me fazer voltar nessa cidade, com sinceridade, será buscar os restos mortais da minha filha.
A data para a saída do Mato Grosso do Sul ainda não foi definida, segundo Sônia. Ela afirmou que aguarda a definição da advogada que a acompanha na cidade para definir o dia que virá para Minas Gerais. O local onde vai ficar também não foi escolhido ainda.O que já está praticamente certo para ela é que Bruninho, filho de Bruno com Eliza não deverá vir à cidade para acompanhar a avó.
— Ainda não decidimos [sobre o Bruninho], mas se for mesmo dez dias, eu não fico longe dele. O máximo que já fiquei foi em maio, quando fui buscar a guarda dele, mas sinceramente te falo que não tenho vontade de levá-lo.
Julgamento
Segundo informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o julgamento de Bruno e outros quatro acusados deverá durar dez dias e a previsão é que sejam gastos cerca de R$ 35 mil.