Dribles, arrancadas e saídas conturbadas. Essas talvez sejam as três características marcantes da carreira de Ronaldinho Gaúcho e que serão lembradas quando o astro, de 32 anos, pendurar as chuteiras. Nesta noite, no Engenhão, o agora ídolo do Atlético-MG experimentará, pela terceira vez, o gosto de um reencontro.
Quando pisar no gramado do estádio carioca, muito provavelmente terá seu nome entoado pela torcida do Flamengo. Desta vez, ao contrário do que ocorreu em 2011, ouvirá xingamentos na sequência.
O mesmo ocorreu com o jogador no reencontro com a torcida do Grêmio no ano passado, quando defendia o Rubro-Negro carioca e foi ao Olímpico encarar o Tricolor gremista.
Revelado pelo time de Porto Alegre, Ronaldinho saiu de lá brigado em 2001 para acertar com o PSG (FRA), irritando os torcedores. Teve a chance de fazer as pazes em janeiro de 2011, mas preferiu o Flamengo ao Grêmio e caiu, de vez, em desgraça com os tricolores.
Durante o Brasileirão do ano passado, foi ao estádio que o revelou enfrentar o Grêmio. Se deparou com um Olímpico lotado e enfurecido, com muitos cartazes de protestos. No fim, virada sensacional gaúcha e triunfo por 4 a 2, enlouquecendo e lavando a alma da vingada torcida gremista.
O mesmo sabor os rubro-negros querem experimentar. A torcida não admite a saída do meia-atacante em junho. Ronaldinho entrou na Justiça e exige 50 milhões de reais do clube. O protesto promete ser pacífico, mas com muito xingamento, cartazes e desejo de vitória para calar o ex-ídolo.
Porém, nem todo reencontro é traumático para Ronaldinho Gaúcho. Em agosto de 2010, dois anos depois de trocar o Barcelona pelo Milan, o jogador foi recebido de pé pela torcida catalã no Camp Nou.
Recebeu homenagens da diretoria no clube em que apresentou seu melhor futebol e foi eleito duas vezes o melhor do mundo. Em campo, foi discreto no empate por 1 a 1 entre os times.
