Atuação do PSD na eleição deste ano no Estado é uma incógnita

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O recém-criado PSD vem sendo um dos partidos mais cobiçados nessa fase de pré-campanha. Sem o atrativo do tempo nos programas eleitorais de rádio e TV, a sigla é bastante assediada principalmente por causa das lideranças cotadas para reforçar presença nos palanques. O futuro da agremiação, no entanto, ainda permanece uma incógnita nos principais colégios eleitorais de Mato Grosso.

Em Cuiabá, o PSD está mais próximo ao prefeito Chico Galindo (PTB), que já admite disputar a reeleição. Cotado como único concorrente disponível para o pleito, o secretário municipal de Comunicação, Carlos Brito, já fala em abrir mão da disputa. Se quiser entrar na eleição tem até 4 meses para renunciar ao cargo. Diz, porém, que o candidato natural do grupo é o petebista.

O presidente municipal do PSD, deputado federal Eliene Lima, afirma que o partido tem "simpatia" pela candidatura de Galindo. Ressalta, no entanto, que a definição caberá aos correligionários, o que deve ocorrer antes das convenções partidárias de junho.

Mesmo impasse o PSD vive em Sinop. O partido conta com a pré-candidatura do suplente de deputado federal Roberto Dorner, mas continua sendo assediado pelos diferentes grupos políticos da cidade. De olho na reeleição, o prefeito Juarez Costa (PMDB) ainda sonha com apoio da agremiação. O presidente estadual do DEM, Dilceu Dal Bosco, também alimenta as esperanças de oficializar uma aliança.

Dorner empurra a decisão para os correligionários. Diz que a direção municipal, em conjunto com a cúpula estadual, é que vai definir o assunto. Dilceu tenta demonstrar mais otimismo. Argumenta que, se o PSD permanecer no grupo com DEM e PSDB, conta com 4 pré-candidatos e chances reais de eleger qualquer um: o próprio Dilceu, o deputado Dilmar Dal"Bosco, a ex-primeira-dama Renata Leitão e Dorner.

Em Várzea Grande a situação da nova sigla, criada no ano passado, é a mais folgada, pois tem pré-candidato certo, prefeito Tião da Zaeli, que não esconde interesse na reeleição. O suplente de estadual em exercício Valdizete Nogueira é cotado para mais um mandato em Jaciara, enquanto Luizinho Magalhães pode disputar em Primavera do Leste. Em Rondonópolis o PSD deve aderir a um dos diferentes grupos encabeçados por ex-prefeitos, como Percival Muniz (PPS), Adilton Sachetti (PDT) e figuras como Rogério Salles
(PSDB) e o prefeito José do Pátio (PMDB).

Principal líder do PSD em Mato Grosso e presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual José Riva afirma que a cúpula não vai impor alianças ou vetar coligações nessa eleição. Argumenta que as peculiaridades locais precisam ser respeitadas.

Além de Riva e do vice-governador Chico Daltro, o PSD conta com algumas das maiores bancadas de deputado estadual e federal, além de 51 prefeitos e cerca de 350 vereadores. 

Mesmo sendo uma das principais atrações nessa eleição, o PSD ainda é alvo de questionamentos jurídicos. Isso porque o PP, sigla que mais perdeu com a criação da nova agremiação, tenta na Justiça garantir direito às vagas abertas para os sociais democratas eleitos pelo Partido Progressista.

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