Já classificados, Milan e Barcelona se enfrentam pela ponta do Grupo H

Apesar de já estarem classificados, Milan e Barcelona entram em campo nesta quarta-feira, em San Siro, às 17h45 (de Brasília), para reacenderem uma das mais tradicionais rivalidades do futebol europeu e, de quebra, definirem o primeiro colocado do Grupo H da Liga dos Campeões da Europa.

Ao mesmo tempo, na Bielo-Rússia, os já eliminados BATE Borisov e Viktoria Plzen se enfrentam no Dínamo Stadium, em Minsk. O confronto vale pela honra das equipes, que já eram consideradas fora da disputa logo após osorteio que as colocou na mesma chave dos poderosos Milan e Barça.

Dentro de campo, os resultados confirmaram a tese e bielo-russos e tchecos empataram entre si e foram derrotados por italianos e espanhois. O melhor resultado foi do BATE que, em Minsk, arrancou um empate do Milan. A equipe de Milão havia aberto o placar aos 23 minutos, com Ibrahimovic, mas cedeu o empate com o brasileiro Renan Bressan, em cobrança de pênalti.

O único confronto entre os dois 'supremos' foi o que inaugurou a disputa no grupo, em 13 de setembro. Na ocasião, o time de Guardiola dominou a maioria do tempo contra um Milan esfacelado pelos desfalques de Robinho e Ibra. O próprio time italiano abriu o placar com Alexandre Pato, mas deixou o espanhol virar com Pedro e David Villa. Já nos acréscimos, foi o brasileiro Thiago Silva quem deixou tudo igual.

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O brasileiro Renan Bressan teve a oportunidade de marcar um gol sobre o Milan

Opinião isenta a respeito da polarizada disputa no Grupo H tem o meia Renan Bressan, que mostrou muito talento com a camisa 10 do BATE Borisov: "Essa situação já era aparente quando o sorteio foi feito, só se confirmou dentro de campo. Tenho certeza que BATE e Plzen ficaram orgulhosos por terem pelo menos enfrentado dois times como esses. Acho que os dois confrontos dessa quarta serão de muita emoção e disputa".

Sem medo de viver o 'sonho de todos', Milan enfrenta o Barça

O principal duelo do Grupo H reúne duas grandes forças mas, para o técnico do Milan, Massimo Allegri, é um time combativo diante do melhor de todos. Portanto, entrar em campo para enfrentar o Barcelona, é o "sonho" de qualquer clube oujogador de futebol.

"Jogar esta noite é o sonho de todos, porque o Barcelona é o melhor time de futebol do mundo. Devemos tentar vencer jogando bem e concretizando as oportunidades que conseguirmos criar, o que é muito difícil diante deles", afirmou Allegri, que ainda bancou o retorno de Ibrahimovic, ainda lesionado na primeira partida.

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À frente de Pato, Ibrahimovic terá a chance de se vingar do Barcelona, onde fracassou

Desafeto de Pep Guardiola, comandante do Barça, e vindo justamente do clube espanhol, onde enfrentou uma série de lesões e nunca conseguiu se firmar, Ibra é, para Allegri, um jogador essencial nessa partida: "Não é uma questão de vingança, mas de entrar em campo e se mostrar superior a isso tudo. Se ele estiver nervoso demais, nós damos um calmante".

Com a presença do ex-primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi em San Siro, o Milan ainda não definiu qual será sua escalação, já que Allegri ainda avalia a condição do meia Seedorf de ser escalado, e tem dúvidas em relação à disputa entre os atacantes brasileiros Robinho e Alexandre Pato, pois um deve permanecer entre os reservas.

Para este confronto, quem chega bem desfalcado é o Barcelona, que terá os desfalques do lateral direito Daniel Alves, suspenso, além de Iniesta e Adriano, afastados por lesão. O brasileiro, inclusive, ainda não entrou em campo após o duelo da Seleção Brasileira contra o Gabão.

Visitante, o técnico Pep Guardiola chegou com a delegação a Milão no início da tarde desta terça-feira, e pregou cautela à equipe: "Vamos entrar em campo um pouco diferentes, e ainda na primeira colocação. O ideal é não dar espaços para o Milan e conquistar pelo menos um empate, o que nos garantiria na primeira colocação até a última rodada".

Desde que Guardiola assumiu o comando técnico da equipe, em 2008, os meses de novembro costumam ser só de resultados positivos no Barcelona. Sem derrotas a partir da contratação (em novembro), o treinador prefere não se apegar às superstições: "Isso não entra em campo. O Messi entra em campo, Boateng entra em campo, mas esse histórico não".