Rogério Ceni chegou a fazer milagre em meio à pressão do Ceará na estreia do São Paulo na Copa Sul-americana. Porém, aos 49 minutos do segundo tempo, Marcelo Nicácio aproveitou um bate-rebate na pequena área para selar a virada por 2 a 1. E o goleiro deixou o campo do estádio Presidente Vargas tentando entender a falta de sorte.
– Com dez, era para aguentar mais um pouco. Fazer o quê?
O jogador lamentou a jogada que Denilson foi expulso com menos de dois minutos do segundo tempo, quando a partida estava 1 a 1 principalmente pelo desempenho de Rogério antes do intervalo.
Para piorar a situação, Denilson, naquele momento, atuava improvisado na zaga porque Rhodolfo ficou nos vestiários após o primeiro tempo reclamando de dores.
– Estávamos com um a menos. E perdemos o Rodholfo, que é importante, apesar de o Piris ter surpreendido, muito bem posicionado na zaga.
O lateral direito de 1,74m conseguiu mostrar qualidade para fazer o camisa 1 são-paulino trabalhar até menos quando o adversário já tinha um atleta a mais. O time tricolor, contudo, teve que passar mais de 45 minutos quase inteiro em seu campo de defesa, dificultando a possibilidade de sair do Nordeste com um bom resultado.
Já na saída da etapa inicial, Rivaldo, autor do gol são-paulino em Fortaleza, alertou para a concentração de seus defensores, que haviam acabado de deixar Rudnei livre para empatar com um gol de letra aos 45 minutos do primeiro tempo.
– Por jogar em casa, o time deles tem o apoio da torcida e se empolga. Conseguimos fazer um gol, mas, por falta de atenção, tomamos outro que não podíamos.
Como capitão, Rogério Ceni tenta minimizar a derrota. E valoriza a bola que Rivaldo colocou nas redes adversárias. O goleiro lembrou que vitórias por 1 a 0 ou dois gols de diferença no dia 24, no Morumbi, são suficientes para o São Paulo continuar na Copa Sul-americana.