O Corinthians só depende de si para recuperar a liderança do Campeonato Brasileiro: basta vencer o Santos nesta quarta-feira (10), na Vila Belmiro. O problema é que a missão, que já não é das mais fáceis normalmente, fica ainda mais difícil porque o time não terá um de seus principais jogadores, o volante Ralf, que vai defender a seleção no amistoso contra a Alemanha, em Stuttgart.
Ralf é o maior ladrão de bolas do Brasileirão, com 50 desarmes, três a mais que o segundo colocado, o rubro-negro Wilians. A diferença é que o jogador do Flamengo é o jogador que mais bate, com 50 faltas cometidas, enquanto Ralf só fez 21 faltas.
A diferença também se nota nas punições: Willians já levou seis cartões amarelos, o que resultou em duas suspensões, enquanto Ralf foi advertido três vezes – a última delas, neste domingo (7), só saiu forçadamente, depois que ele chutou a bola longe de propósito, para ser punido e poder cumprir a suspensão contra o Santos, num jogo que já não disputaria por estar na seleção.
Para o lugar de Ralf, o técnico Tite tem duas opções, Moradei e Edenílson. Nenhuma delas, porém, à altura do titular: o primeiro chegou ao clube em 2007 e nunca conseguiu se firmar, enquanto o segundo, recém-chegado, tem características menos defensivas e gosta de apoiar o ataque, mais à semelhança do outro volante titular do Corinthians, Paulinho.
O companheiro de Ralf, aliás, já admitiu que será complicado atuar no meio sem Ralf. Menos mal, diz Paulinho, que o Santos também cedeu jogadores à seleção, ninguém menos que suas duas principais estrelas, Neymar e Ganso.
– Eles vão fazer falta para as das partes, tanto Corinthians quanto Santos. Mas é clássico, um jogo bom, todos os jogadores querem jogar. Espero que a gente possa fazer uma boa partida.
Ralf é o terceiro volante corintiano convocado por Mano, depois de Elias, que também estará na Alemanha, e Jucilei. Ele tem boas chances de jogar pelo menos alguns minutos, já que o titular da camisa 5, Lucas Leiva, está suspenso por sua expulsão diante do Paraguai, no último jogo do Brasil na Copa América.
