Com saída de Carpegiani, Rivaldo vai de “Zé Ninguém” a esperança do São Paulo

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Bastou uma oportunidade e Rivaldo demonstrou que, aos 39 anos, ainda tem futebol para jogar em um grande clube do Brasil. Diante do Cruzeiro, no sábado (9), o veterano meia comandou o São Paulo na vitória por 2 a 1, no Morumbi. 

A nova chance foi dada pelo técnico interino Milton Cruz, que colocou Rivaldo como titular na partida. Antes, com Carpegiani (demitido na semana passada), o pentacampeão mundial quase não jogava. Quando entrava, era nos minutos finais e praticamente não tocava na bola. 

Após a grande exibição, Rivaldo evitou falar sobre Carpegiani, com quem se desentendeu em maio, em um jogo pela Copa do Brasil, contra o Avaí. Naquela partida, o clube paulista foi eliminado da competição e o experiente meia assistiu, do banco, à derrota. Depois, disse que se sentiu desprestigiado por não ter entrado – a declaração gerou grande polêmica. 

– Não vou opinar sobre o Carpegiani. Ele já se foi e vamos ver se vai ser o Milton (Cruz, interino) ou outro. 

No entanto, o meia acabou por comentar o episódio do desentendimento com o treinador. 

– Lá [em Florianópolis, quando criticou Carpegiani], eu perdi a cabeça. Quem joga sabe como é difícil ficar no banco, ver os outros sendo entrevistados e eu passando como “Zé Ninguém”, sem falarem comigo. Isso me machucava um pouco. 

A atuação de Rivaldo diante do Cruzeiro rendeu elogios do elenco e do treinador interino, que afirmou que o meia deve ser titular na próxima partida, no domingo (17), diante do Inter. 

Animado com a nova chance, Rivaldo disse que trabalha firme nos treinos e que tem condições de ajudar a equipe nos 90 minutos de jogo. 

– Sou uma pessoa tranquila e estou aqui para ajudar meu time. Tenho uma história bonita, mas não quero jogar pela minha história, eu gosto de viver pelo momento. Tenho condições de colaborar. Se precisar de minha ajuda, vou estar sempre pronto.

 

Se estava com saudade de dar entrevista, de ser bajulado, Rivaldo voltou a sentir o gostinho de ser o centro das atenções. O tempo dirá se ele pode, aos 39 anos, ser o jogador decisivo que o São Paulo espera que ele seja.

 

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