Virus se desloca por 150 quilômetros no Araguaia e espalha raiva em bovinos

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Focos de raiva transmitida por morcegos surgem nos rebanhos em várias cidades do Araguaia, colocando em alerta as autoridades da vigilância sanitária do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea). Pelo menos cinco focos de rebanhos contaminados foram descobertos em Barra do Garças. Em Ribeirão Cascalheira, a situação começa a ficar grave: 8 focos de raiva em bovinos foram descobertos nos últimos dias. Em Querência, o primeiro foco de raiva abateu 50% dos animais de uma propriedade rural. Dezenas de animais já foram infectados no Araguaia.

Segundo o médico veterinário do Indea local, Francisco Souto, o vírus deslocou-se por cera de 150 quilômetros, desde as margens do Rio das Mortes, entre Ribeirão Cascalheira e Cocalinho, até atingir Querência. O temor dos técnicos é de que outros rebanhos na região estejam infectados com raiva, que pode ser transmitida aos seres humanos. Souto lembra que a raiva é mortal e a única medida eficaz é vacinar o rebanho de forma sistemática.

Em Ribeirão Cascalheira, segundo ele, a população está assustada com a situação.

A raiva em gado de corte e de leite representa prejuízos econômicos para o
produtor e impacto na saúde pública. A doença é causada por um vírus RNA, que
ataca mamíferos terrestres e morcegos.

Na América Latina, estima-se que a Raiva bovina causa prejuízos anuais de US$
30 milhões, provocando a morte de 100 mil cabeças, além dos prejuízos indiretos,
como os custos de tratamentos de pessoas que mantiveram contato com animais
infectados.

O principal transmissor da Raiva em bovinos é o morcego hematófago, que se alimenta de sangue. A simples agressão por morcegos hematófagos também é causa de prejuízos econômicos, pela depreciação do couro, espoliação do animal, perda de produtividade e possibilidade de infecções colaterais e miíases.

 

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