Empresas que patrocinam a Fifa, como a Coca-Cola, Adidas e a Emirates se pronunciaram em relação às suspeitas de corrupção que surgiram em volta da entidade nas últimas semanas. Nenhuma delas está satisfeita com os acontecimentos recentes e esperam que a moral da entidade seja reerguida.
A entidade realiza eleições presidenciais nesta quarta-feira (1º). O suíço Joseph Blatter, presidente desde 1998, concorre como candidato único. O qatariano Mohamed Bin Hamman seria seu adversário, mas suspeitas de corrupção o obrigaram a retirar sua candidatura. Posteriormente ele foi suspenso pelo Comitê de Ética.
Por meio de um porta-voz, a Coca-Cola expressou preocupação com as denúncias envolvendo a Fifa.
– As alegações que estão sendo levantadas são preocupantes e ruins para o esporte. Temos todas as expectativas que a Fifa vai resolver a questão.
A marca de materiais esportivos Adidas afirmou que pretende manter o patrocínio e a parceira com a entidade, mas ressaltou que os últimos acontecimentos não são bons para o esporte.
– A Adidas quer continuar uma parceria proveitosa e longa com a Fifa e vai patrocinar a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Isso posto, o viés negativo do debate público em volta da Fifa no momento não é bom para o futebol e seus parceiros.
A empresa aérea Emirates demonstrou desapontamento com a situação envolvendo a entidade máxima do futebol.
– A companhia está desapontada com os problemas da administração do esporte. Esperamos que eles sejam resolvidos o mais rápido possível e que o resultado seja interessante para o jogo.
Nas últimas semanas, supostos casos de corrupção foram denunciados. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foi acusado de pedir propina para apoiar a candidatura da Inglaterra à Copa do Mundo de 2018. Bin Hamman foi suspenso, pois teria pagado US$ 40 mil (aproximadamente R$ 67 mil) a dirigentes da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe) em troca de votos na eleição.
O presidente da Concacaf, Jack Warner, revelou um e-mail no qual o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, sugeria que Bin Hammam queria "comprar a Fifa" como teria feito com a candidatura do Qatar para sediar a Copa de 2022.
Em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, garantiu que a situação da entidade não caracteriza uma crise.
– Crise? Não há crise. Estamos apenas enfrentando algumas dificuldades que serão resolvidas dentro da nossa família.