PT recua de expulsão e suspende Serys por um ano

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A ex-senadora Serys Slhessarenko foi suspensa do Partido dos Trabalhadores (PT) pelo período de doze meses. A decisão foi tomada durante a reunião da Executiva Regional da sigla, realizada na tarde e noite deste domingo (29), em Cuiabá.

O presidente da legenda, deputado federal Ságuas Moraes (PT), percebeu, durante a votação do parecer da comissão de ética, que a expulsão não seria escolhida pela maioria. A partir disso, o petista manobrou e colocou a nova punição em votação. Integrante da Corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), a mesma de Carlos Abicalil e liderada nacionalmente pelo ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, Alexandre Cesar votou pela expulsão de Serys. 

No entanto, a suspensão de um ano foi aplicada 26 votos favoráveis e 19 contrário. Isso, na prática, significa que ela não poderá participar das eleições de 2012 pela agremiação e tampouco participar de atividades políticas partidárias.

Ao final de uma reunião que durou mais de 8 horas, Serys criticou duramente o ex-deputado federal Carlos Abicalil e acusou-o de tentar implantar uma ditadura no PT. "Estão querendo expurgar militantes fieis ao PT para tomar conta do partido. Isso não é democracia! Qual o interesse que se tem em tirar Serys, Lúdio Cabral e Verinha? Não é assim que se faz política democrática. Isso é um inquisição moldada com práticas ditatoriais".

Mesmo com a suspensão, Serys afirmou que não vai desistir de permanecer no PT e vai recorrer ao diretório nacional para reverter a punição. "Até terça-feira teremos tomado todas as medidas cabíveis. Não sou de fugir dos meus ideais, diferente de quem me perseguiu e não apareceu por aqui", declarou a petista numa alusão ao fato de Abicalil não ter comparecido a reunião.

Por outro lado, o presidente do diretório estadual do PT, deputado federal Ságuas Moraes, entendeu que a suspensão foi a melhor opção. "É menos traumático que uma expulsão e espero que a partir daqui o PT siga um novo rumo. Precisamos discutir internamente nossos projetos políticos futuros e esquecer o passado".

Suspenso por seis meses, o vereador por Cuiabá, Lúdio Cabral, condenou sua punição e também vai recorrer. "É um processo repleto de falhas e tendencioso porque todos os procedimentos foram liderados pela Corrente Construindo um Novo Brasil que sempre mantinha maioria. São pelo menos sete nulidades, por isso, vou recorrer. Fui julgado por um tribunal de exceção e não posso aceitar essa medida".

A direção do PT ainda aplicou suspensão das atividades partidárias por 30 dias a militante Eroisa Mello. Todos são acusados de infidelidade partidária, ou seja, não apoiar a candidatura de Carlos Abicalil ao Senado que venceu as prévias contra Serys e enterrou o projeto de reeleição da ex-senadora.

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