20 coisas sobre o orgasmo que a ciência já descobriu

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TABU

“O orgasmo é como uma foto de um determinado momento da sua vida que você oferece a alguém”. Quem afirma isso é a psiquiatra Carmita Abdo. Fundadora e Coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da USP, ela pesquisa o tema há 40 anos. Em entrevista a EXAME.com, Carmita contou algumas das descobertas que a ciência já fez sobre o orgasmo.

Do tempo que dura aos orgasmos múltiplos, saiba mais sobre uma das sensações mais prazerosas (e polêmicas) da vida

TEMPO

Pode (tentar) contar: um orgasmo dura, em média, de 5 a 15 segundos. “A sensação de prazer e conforto é sucedida por relaxamento, bem-estar e necessidade de repouso”, diz Carmita. E não adianta tentar estender: o tempo é esse mesmo. “É isso que faz com que as pessoas procurem repetir a sensação”, diz a psiquiatra.

QUANTOS?

O número máximo de orgasmos num mesmo dia varia de pessoa para pessoa. Segundo Carmita, alguns se contentam com 1. Já outros conseguem ter até 4 sucessivos. “O segundo caso é mais comum entre jovens”, destaca ela.

AR

Ficar parcial ou totalmente sem oxigênio na hora do orgasmo pode aumentar a intensidade da sensação física do momento. “Mas é algo muito perigoso”, destaca Carmita. Segundo a psicóloga, um ato sexual mais demorado não resulta necessariamente em um orgasmo maior. “Ele tem hora para acontecer”, afirma ela.

MÚLTIPLOS

Você já ouviu falar de… orgasmos múltiplos? A sensação, comum em mulheres, é alvo de discussão. Para alguns, trata-se de um único orgasmo dividido em várias partes. Isso porque, num determinado momento, ele termina. Já Carmita e outros pesquisadores entendem que se trata de uma série de orgasmos sucessivos com intensidade crescente.

MITO?

Ejaculação feminina não é mito. De acordo com Carmita, cerca de 10% mulheres de fato produzem uma lubrificação extrema em algumas ocasiões. Na opinião da psiquiatra, isso acontece quando a mulher está muito excitada. Porém, há cientistas que enxergam o fenômeno como um resquício da diferenciação genital entre homem e mulher, que ocorre durante a gestação. Uma coisa é certa: não é xixi.

EVITAR

Evitar um orgasmo faz mal? Se isso for feito voluntariamente, não. Porém, Carmita explica que tentar e não conseguir atingir a sensação por várias vezes pode gerar ansiedade e acúmulo de tensão.

FALSO

Identificar um falso orgasmo na hora em que ele é simulado é praticamente impossível. Isso porque os envolvidos na situação geralmente estão bem excitados. Segundo Carmita, se a parceira não estiver tranquila e relaxada depois do ato sexual, é por que não alcançou o orgasmo. “É uma situação difícil porque envolve um certo constrangimento”, explica ela.

EXERCÍCIOS

Sim, há mulheres que atingem o orgasmo durante a prática de exercícios físicos. Segundo Carmita, o estímulo de determinadas áreas do corpo justifica o fenômeno. “Se a gente pode ter orgasmos se masturbando, por que o mesmo não poderia acontecer durante outras situações de contato com o corpo?”, explica ela.

MÃOZINHA

Para a ciência, não existe diferença entre o orgasmo com parceiros e orgasmo alcançado por meio de masturbação. Segundo Carmita, existe até quem considere o segundo método mais prático. Porém, na opinião da especialista, ter um orgasmo acompanhado tende a ser mais gratificante. “A pessoa se sente mais desejada”, ela diz.

DIFERENTES

Carmita explica que orgasmo e ejaculação são coisas diferentes. Embora normalmente sejam simultâneos, um pode acontecer sem que o outro esteja ocorrendo. “Homens sem próstata, por exemplo, são capazes de ter orgasmo sem ejacular”, ela diz.

NUNCA

Um terço das mulheres do Brasil nunca teve um orgasmo. O dado é fruto de um levantamento de Carmita com cerca de 10 mil brasileiros de todo o país realizado nos últimos 15 anos. Entre os homens, o índice é menor: varia entre 3% e 4%. Esse indicador muda em função de fatores como região, educação e idade. “Quem não sabe se teve ou não teve é porque não teve”, informa a psicóloga.

CÉREBRO

Na guerra pelo orgasmo, o cérebro é o grande comandante. É ele que processa os estímulos que geram a excitação. Por isso, situações como uma conversa mais picante pelo telefone podem levar ao orgasmo. “O cérebro fica excitado e manda uma mensagem para os órgãos genitais”, explica Carmita.

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