A Gazeta
Cerca de 16 mil alunos de 13 campi da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) ficarão sem aula a partir do último dia deste mês. O motivo também está ligado ao não pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), que atingiu os mais de mil servidores da instituição.
A Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat) informou que o corte da recomposição da inflação foi apenas a gota d’água que faltava para que o “copo entornasse”. A categoria elenca diversos outros problemas, como a estrutura precária que afeta diretamente as aulas e o reposicionamento de carreira.
De acordo com o presidente da Adunemat, Luiz Jorge Brasilino da Silva, a paralisação com início já confirmado para o dia 31 de maio, se estende não só aos docentes da Unemat, mas a todos os demais servidores ligados ao Executivo Estadual.
“Estivemos em assembleia durante toda terça-feira (24) e assim como todos do funcionalismo, paralisamos nossas atividades também na quarta-feira (25). E o mais importante foi decidido, estamos juntos com todas as demais categorias e cruzaremos o braço diante do calote que o governador quer nos dar”.
Apesar de serem os mais prejudicados, os alunos da Unemat mostraram solidariedade diante da luta dos professores e técnicos da instituição. “Há os que não entendem e acreditam que serão prejudicados integralmente por conta da greve. Porém, a maioria relata que entende a situação delicada em que nos encontramos e, por isso, nos apoia”.
Luiz Jorge informou também que durante os encontros realizados com os docentes todos ficaram cientes que para haver paralisação agora, terá que haver reposição de aula depois. E ainda assim todos se mostraram a favor da greve.
A Unemat possui campus nos municípios de Alta Floresta, Alto Araguaia, Barra do Bugres, Colíder, Diamantino, Juara, Luciara, Nova Mutum, Nova Xavantina, Pontes e Lacerda, Sinop e Tangará da Serra.
A última greve da instituição foi deflagrada no ano passado, mas com uma curta duração. Desde então, foram realizadas pequenas suspensões nos serviços da instituição.