OPERAÇÃO VENTRÍLOQUO Advogado se apresentava como facilitador da AL e do Governo

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Foragido da Justiça desde a última quarta-feira (1), o advogado Júlio César Rodrigues, que intermediou o susposto esquema de desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa, costumava se apresentar como “facilitador” não só do Legislativo, como também do governo do Estado de Mato Grosso. Foi com esse argumento que ele convenceu o também advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo a negociar com o ex-deputado José Geraldo Riva (PSD) a lavagem de aproximadamente R$ 10 milhões da Casa de Leis.

Em sua delação premiada, Mielli contou ao Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado (MPE), que Júlio César Rodrigues chegou a dizer que teria atuado em “outros casos” junto à Assembleia e ao Executivo.

O acordo firmado na Assembleia previa o pagamento de aproximadamente R$ 10 milhões a uma dívida com o banco HSBC, no entanto metade deste valor deveria ser desviada para contas indicadas por José Riva. Na época, entre 2012 e 2014, foram feitos vários pagamentos. Mielli depositava o dinheiro nas contas. Ocorre porém que o “facilitador”Júlio Rodrigues não teria recebido a sua parte, o que o levou a revelar todo o esquema à direção nacional do HSBC.

Isso originou um inquérito polícial contra Milelli, por apropriação indébida, uma vez que os valores “pagos” para quitar a dívida não chegaram à instituição bancária. Diante disso, Mielli, que representava com autonomia o HSBC no setor jurídico responsável pelas cobranças, procurou o Gaeco para fazer a delação.

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