A delegada Daniela Maidel, da Delegacia de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande, investiga a possibilidade de outros garotos terem sido vítimas do ex-apresentador de TV Bruno Davi Borsatti, de 28 anos. Ele teve um programa no Canal 20, chamado "Stillo", que já saiu do ar.
Borsatti foi preso nesta quinta-feira (7), no momento em que saía de sua residência, no centro de Várzea Grande, por suposto crime de atentado ao pudor contra um menor, entre os anos de 2006 a 2009. Hoje, o garoto tem 15 anos.
Na residência de Bruno, a polícia encontrou um revólver calibre 32. Ele também foi autuado por porte ilegal de arma.
Igreja evangélica
Segundo a delegada Daniela Maidel, o ex-apresentador participava de um grupo de oração de uma igreja evangélica. A polícia irá investigar se menores que integram o grupo também foram vítimas.
Ela reafirmou que os fortes indícios de que o crime era praticado, conforme depoimento do menor abusado e de outras pessoas ouvidas, justificou a prisão do acusado.
A delegada destacou que ouvirá mais quatro testemunhas para finalizar o inquérito.
Em função de se tratar de réu preso, a investigação deve ser concluída em dez dias. Em seguida, o caso será encaminhado ao Ministério Público Estadual, para oferecimento de denúncia.
Bruno não atua mais como apresentador de TV. Ele teria lançado uma revista em Várzea Grande e seria proprietário de um comércio na Cidade Industrial.
O caso veio à tona na semana passada, quando os pais do menino supostamente abusado procuraram a delegacia. De acordo com Maidel, Bruno se aproveitava da confiança que tinha junto à família do menino para praticar os abusos.
"À época o menino ficou amargurado e passou por um grande sofrimento. Então os pais estranharam seu comportamento e procuraram um psicólogo. Com o tratamento, depois desse tempo todo, ele decidiu admitir que sofreu abusos. Os pais, então, foram orientados a procurar a Polícia", explicou a delegada.
Outro lado
Procurado pela reportagem, o advogado de defesa do ex-apresentador, Luiz Henrique Oliveira Neto, negou as acusações contra seu cliente.
Segundo ele, Bruno está detido na Polinter, no bairro Centro América, em Cuiabá. Ele afirmou no momento analisa o inquérito para avaliar quais as providências e estratégias de defesa serão tomadas.
