A Copa América que começa nesta sexta-feira (1º) na Argentina, com o duelo entre a seleção da casa e a Bolívia, a partir das 21h45 (de Brasília), em La Plata, é a versão mais forte da competição nos últimos 20 anos.
Desde 1989, quando o torneio foi realizado e vencido pelo Brasil, a concentração de craques não era tão grande, assim como o equilíbrio de forças entre os principais favoritos. Não se ouviu falar de jogadores que pediram para não disputar o torneio, assim como de pressão dos clubes europeus para liberar jogadores, assuntos frequentes nas últimas edições.
A Copa América de 1989 proporcionou duelos memoráveis entre um Brasil cujo time tinha a espinha dorsal da seleção que conquistou o tetracampeonato mundial cinco anos depois, nos Estados Unidos, a Argentina liderada por Diego Maradona e o forte Uruguai de Hugo de León e Enzo Francescoli.
Na decisão, no Maracanã, um gol de Romário após cruzamento de Bebeto selou a conquista brasileira, exatos 39 anos depois do “Maracanazzo”, jogo em que os uruguaios bateram o Brasil na final da Copa do Mundo de 1950.
Nos anos seguintes, a Copa América perdeu parte de seu encanto. O êxodo de craques e nem tão craques assim começou a desfalcar as seleções, que muitas vezes viam o torneio apenas como uma sequência de amistosos de luxo – o Brasil de 1993, por exemplo, usou a disputa no Equador para se preparar para as eliminatórias da Copa, que seriam disputadas em seguida.