Silval Barbosa quer transformar o Panela Cheia, a ser conduzido pela secretária Roseli, no carro-chefe do governo
O governador Silval Barbosa (PMDB) lança, em 28 de junho, um programa que se transformará em espécie de carro-chefe de sua administração, um ponto de referência da política social, assim como foi o Bolsa Família para o governo do presidente Lula. Trata-se do Panela Cheia, criado no final de 2009, mas que não entrou em execução em 2010 por causa da campanha eleitoral. Vai iniciar o projeto já com um aporte de R$ 10 milhões para atender a 25 mil famílias de baixa renda. A ideia é, gradativamente, ampliar essa assistência financeira. A primeira-dama Roseli Barbosa, secretária de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, é quem conduzirá as ações do Panela Cheia.
Roseli está buscando parceria com a Caixa Econômica, que vai desenvolver os cartões. Serão criados vários critérios. Cada família vai receber R$ 70 mensais. Mas, para tanto, precisa comprovar, por exemplo, que filhos menores estão estudando em escolas públicas e que está cumprindo calendário de visitas a postos de saúde. Para a primeira-dama, o programa será de transferência condicionada de renda porque o Estado vai estar investindo em capital humano de seus filhos.
Famílias já contempladas com o Bolsa-Família não terão direito ao Panela Cheia. Existem no Estado cerca de 174 mil pessoas abaixo da linha da pobreza. O Bolsa Família atende em média a 165 mil famílias no Estado.
Agora, o governo estadual vai entrar com atendimento para mais 25 mil e com perspectiva de ampliar a lista. Apesar disso, Roseli tem enfocado que o auxílio-alimentação deve ser considerado como algo transitório e não permanente. Entende que não se trata de esmola, mas sim em investimento nas crianças das famílias pobres, o que deve ser eficaz na redução da pobreza e na desiguldade no futuro. O assistencialismo é uma bandeira histórica do PMDB, que governa Mato Grosso pela segunda vez. A primeira foi com Carlos Bezerra (87/90).
