Sob pressão de Parreira e Zagallo, Mano diz buscar inspiração na Alemanha de 1974 para vencer em 2014

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"A bomba está na mão do Mano". Com essa frase, Zagallo, campeão do mundo como treinador em 1970 pela seleção brasileira, resumiu a pressão pela qual o atual treinador do Brasil passará até o Mundial de 2014, no país. Ciente da enorme responsabilidade, o comandante afirmou buscar inspiração na Alemanha.

 

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Não necessariamente no estilo de jogo alemão, mas sim na seleção europeia que, em 1974, conquistou sua segunda Copa do Mundo ao triunfar em casa, derrotando na final a favorita Holanda. 

– Até o Mundial, temos de criar essa força que a Alemanha teve lá atrás, em 1974. É preciso ter firmeza para pronunciar a frase de que vamos ganhar a Copa. Para isso, temos de trabalhar para ter a força que eles tiveram. 

Embora seja a maior vencedora da história das Copas, com cinco troféus, a seleção brasileira é a única equipe de ponta que jamais triunfou em seu país. Argentina, Itália, Inglaterra, Uruguai, França e a já citada Alemanha fizeram o dever de casa uma vez em seus domínios.

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O fato só aumenta a pressão que o torcedor brasileiro exercerá sob a seleção em 2014, até porque, em 1950, o Brasil decepcionou ao ficar com o vice-campeonato, sendo derrotado na final para o Uruguai, no Maracanã, por 2 a 1. 

– A Copa de 1950 tem de ser positiva. Não perdemos só para nós. Os outros têm méritos. O Uruguai era muito forte. O ensinamento de 1950 é esse. Temos de ter uma seleção experiente para suportar a pressão. Precisamos encontrar esse equilíbrio e cabe a mim fazer isso. 

Zagallo corrobora com as palavras do atual técnico da seleção brasileira. Em 1950, o Velho Lobo servia ao exército e estava a serviço no Maracanã, na decisão contra o Uruguai. Do campo de jogo, viu a tristeza que se abateu no lotado estádio e suplica para que Mano evite cena parecida. 

– A bomba está na mão do Mano. Todos ganharam em casa, apenas nós que só ganhamos fora? Não, temos de saber vencer no Brasil. O Mano está em uma situação delicada, difícil, mas tem nas mãos uma garotada excepcional. Temos de ganhar, custe o que custar. 

Embora mais ponderado, Parreira, que participou de seminário sobre a Copa de 2014 ao lado dos dois colegas, não conseguiu amenizar a pressão em cima de Mano. Com a experiência de ter vencido em 1994 e fracassado em 2006 com o Brasil, apontou o torcedor como possível "inimigo" no Mundial do país. 

– Deveria ser favorável a presença da torcida, mas o brasileiro é muito impaciente, irrequieto, e a imprensa cobra muito. Já perdemos uma Copa em casa e não nos permitiremos perder outra. A Alemanha fez isso em 1974. Era a terceira Copa de muitos daquele time e eles diziam que ganhariam de qualquer jeito. E ganharam, na força, da Holanda.

 

 

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