A afirmação foi feita por um policial da Força Tática da Polícia Militar, ontem à tarde, logo após chegar a Itiquira (362 km de Cuiabá) e encontrar as cápsulas caídas em frente ao Banco do Brasil do município – assaltado no começo da tarde, por um bando que chegou em duas pick-ups. O AK-47 é um fuzil automático, que usa munição calibre 7.62, de 39 milímetros, e pode disparar até 600 tiros por minuto.
A arma entra no Brasil por meio do mercado negro – provavelmente pelas fronteiras com o Paraguai e a Bolívia, o que levanta a suspeita que os bandos que assaltam bancos em Mato Grosso estão reforçando o armamento. Outra hipótese é que integrantes de facções criminosas do Rio de Janeiro, que usam esse tipo de fuzil, estejam agindo em Mato Grosso.
Nos últimos anos é crescente o número de roubos a bancos no Estado, principalmente nos municípios do interior, com economia aquecida, baixo efetivo policial e com rotas de fugas que dificultem a ação da polícia.
A estratégia usada é a sempre mesma, com caminhonetes roubadas, o emprego do “escudo humano” para evitar o revide da PM, queima de veículo em cima de ponte (para atrasar a perseguição) e esconderijo em matagais.
O possível emprego de fuzil AK-47 pelo “novo cangaço”, como vem sendo chamado os ladrões que roubam agências bancárias, é mais uma preocupação para as forças de segurança pública do Estado, reforçando a necessidade de fiscalização das fronteiras e aumento do serviço de inteligência.