Na reunião com o governador Silval Barbosa (PMDB), o prefeito de Nova Marilândia, Juvenal Alexandre da Silva (PR), presidente do consórcio intermunicipal do alto do Rio Paraguai, reclamou principalmente o fato de 30% dos recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) ficarem concentrados na Agecopa.
A preocupação do prefeito se deve ao fato de que, segundo ele, nem todos os municípios serão diretamente beneficiados pelas obras da Copa de 2014. Conforme Juvenal, na região que abrange o consórcio, apenas Diamantino, Alto Paraguai e Barra do Bugres estão contempladas com obras de fomento ao turismo.
O presidente da Assembleia, José Riva (PP), contudo, acredita que não haja motivo para a preocupação do prefeito. “É preciso ter espírito de solidariedade em relação a esse evento de dimensão internacional em que Mato Grosso não pode passar vergonha. É preciso ter uma visão maior, discordo dele e acho que todos os municípios do Estado serão beneficiados com a Copa de 2014”, destacou o parlamentar.
“Quem pode dizer que o interior não vai ser beneficiado pelas obras de mobilidade urbana? Quem pode dizer que o interior não vai ser beneficiado pelas obras com o fortalecimento do turismo? Vai sim, a receita que entrar atende o Estado inteiro, ela é dividida num bolo, então, é preciso olhar o Mato Grosso como um todo”, avaliou o deputado.
Ele destaca que, nesse momento, Cuiabá está precisando mais desses recursos para se estruturar para receber os jogos do Mundial, em 2014. “Quem garante que amanhã ou depois nós não precisaremos destinar grande parte dos recursos do Fethab para fortalecer essa ou aquela região do Estado?”, questinou o progressita diante da atitude do prefeito.
Riva ressalta que, apesar de ser um defensor do interior, a Capital tem sido penalizada, pois é a maior fonte de receitas do Fethab. “É aqui que está o consumo de diesel e outros insumo. Cuiabá dá sua contribuição e é mais do que justo agora que o interior também participe disso”, avaliou o deputado. De acordo com ele, o montante de R$ 150 milhões do fundo que deve ser aplicado ao longo de quatro anos vai beneficiar todo o Estado.