Ao ser empossado Secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), o deputado estadual José Domingos Fraga (DEM) explorou, em discurso de posse, nesta sexta-feira (25), que dará prioridade ao pequeno agricultor, enquanto estiver à frente da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf).
A pasta estava sendo negociada com os democratas, desde o fim das eleições, em outubro de 2010, e era a última para o governador Silval Barbosa (PMDB) fechar seu staff.
De acordo com Fraga, para que a agricultura familiar tenha condições de sustento, haverá a ampliação de programas de crédito para os pequenos. Além disso, a pesquisa, para o favorecimento da agricultura, e a extensão rural estarão inclusos em seu programa de trabalho.
Os grandes produtores não foram esquecidos pelo secretário, que afirmou que trabalhará para o crescimento do Estado em harmonia com pequenos, médios e grandes produtores.
Ao final, Fraga reforçou que o DEM aceitou, depois de meses de negociação, o convite de Silval, devido à autonomia que foi pedida para gerir a pasta.
"Silval me assegurou que terei autonomia para implantar as modificações necessárias para o fortalecimento do agronegócio em Mato Grosso", garantiu.
Em seu discurso, o governador declarou que aceitou que o DEM compusesse o Governo do Estado, mesmo sendo de oposição, devido ao relacionamento agradável com a cúpula do partido.
Para a pasta, Silval garantiu que irá discutir o projeto de valorização do agronegócio e do pequeno produtor, investindo também em logística para o escoamento de grãos, matriz econômica do Estado.
Afinidade e autonomia
Apesar do assédio do governador Silval Barbosa (PMDB) para o DEM integrar a base aliada, um dos motivos que levou inicialmente a recusa seria a falta de liberdade de José Domingos Fraga em interferir nas autarquias ligadas a pasta como Indea (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário) e Empaer (Empresa de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural). No entanto, Fraga afirma que tudo já está resolvido e, se for necessário, fará as modificações necessárias.
" Mato Grosso é um Estado agrícola e espero muito disposto a contribuir com o desenvolvimento. Entendo que sou representante dos movimentos sociais e da classe produtiva. Estou atendendo a uma exigência dos filiados e 25 prefeitos para contribuir com o Estado e fortalecer o partido. Não venho para fazer terrorismo, mas, trabalhar em conjunto com as autarquias e mudar só o que considerar necessário".
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