A versão oficial que levou William a deixar o cargo de gerente de futebol do Corinthians 24 dias após assumir a função foi “Incompatibilidade de ideias”.
A pessoas próximas, no entanto, o ex-capitão teria confidenciado que se irritou por ter viajado a Porto Alegre para fechar a contratação de um jogador gremista (Willian Magrão), enquanto a direção optava por tentar o paraguaio Cristian Riveros.
Apresentado na sexta-feira (18) como sucessor de William no cargo, o ex-volante Edu Gaspar foi questionado se chegou a conversar com o antigo capitão e, apesar de rotulá-lo como sendo seu “amigo íntimo”, garantiu não saber os motivos da saída.
– Tenho uma ótima relação com o William, sou amigo íntimo dele e me mando uma mensagem quando saiu, mas não me falou muitos detalhes e eu, para não ser indelicado, não procurei saber.
Questionado se indicaria Willian Magrão ou Riveros para reforçar o time no Nacional, Edu preferiu adotar postura defensiva, a mesma de quando respondeu sobre o Imperador Adriano.
– Não existe, ainda mais no primeiro dia, uma definição sobre esse ou aquele. Precisa discutir com o elenco, com o diretor, a necessidade. Pode não servir em um momento, mas dentro de um ano, uma temporada, vir a servir.
Irritado com o prolongamento do assunto, o diretor-adjunto Duílio Monteiro Alves pediu a palavra e tentou esclarecer a polêmica sobre a saída de William.
– A gente não teve nenhum tipo de problema com o William. Ele tinha algumas ideias para implantar e viu que não seria possível. Só isso. Esteve aqui nesses dias e continua nosso amigo.
Diante do posicionamento de Duílio, Edu Gaspar foi colocado em nova situação embaraçosa quando questionado se ele também teria “ideias para implantar”.
– Tenho minhas ideias e pouco a pouco vou passando para eles. Se for viável ao clube, vamos implantando. Tenho vivência fora do Brasil e sei que posso estar implantando aqui dentro. Sou um cara esclarecido e tranquilo. Acho que posso vir para somar.