Governo veta novos cargos e manda deputados procurar seus partidos

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Fernando Ordakowski

Deputado Nininho vê porta se fechar no seu próprio gabinete porque João Malheiros não abre espaço para cargos

   O Palácio Paiaguás decidiu fechar as portas para novos cargos comissionados porque já está comprometendo o quadro de pessoal, com inchaço da máquina. É que o governador Silval Barbosa ampliou concessões aos partidos e não só manteve quase todos DAS da gestão Blairo Maggi, como nomeou centenas de outros neste seu novo mandato. O peemedebista escalou o secretário-chefe da Casa Civil Eder de Moraes para atuar como espécie de paredão junto às lideranças. A orientação, principalmente aos deputados que vivem fazendo lobby para ter apadrinhados e cabos eleitorais pendurados na máquina, é de procurar os seus partidos.

   Um dos que demonstram descontentamento por não conseguir cargos é Ondanir Bortolini, o Nininho (PR), que saiu da condição de primeiro-suplente para titular na Assembleia, com licenciamento do deputado João Malheiros, da mesma legenda, para conduzir a secretaria de Cultura. Malheiros foi para o Executivo, mas não deu trégua ao seu substituto no Legislativo, tanto que Nininho só nomeou 6 assessores quando poderia contar com mais de 30. Com fama de empreguista no serviço público, principalmente de famliares e parentes, Malheiros loteou também a Cultura de vários assessores.

    Inconformado, Nininho procurou o Paiaguás. Queria cargos, mas foi orientado a procurar o seu PR, que emplacou sete secretários e ainda conduz órgãos e empresas que fazem parte da estrutura do governo. O deputado de primeiro mandato que fez uma campanha milionária se vê pressionado pelos aliados em busca de cargos e não consegue espaço para atendê-los.

   Com um orçamento de R$ 11 bilhões e 24 secretarias, o Estado registra quase 100 mil servidores públicos. Destes, ao menos 10 mil estão em cargos comissionados, ou seja, nomeados sem concurso público e sob indicação política. Eles ganham de R$ 800 a R$ 15 mil mensais.

 

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