Ferronorte vai inaugurar 3º terminal em Mato Grosso

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ISA SOUSA
DA REDAÇÃO

 

No próximo dia 19, o Governo do Estado inaugura, oficialmente, mais um terminal da Ferrovia Senador Vicente Vuolo, a Ferronorte, no município de Itiquira (357 km ao Sul de Cuiabá). A estação é a terceira a ser lançada, de um projeto que prevê uma estrada de ferro que ligue Mato Grosso, a partir de Cuiabá, ao Porto de Santos (SP).

As primeiras estações inauguradas foram dos municípios de Alto Taquari (479 km ao Sul), em 2000, e Alto Araguaia (415 km ao Sul), em 2003 – esta último se ligando à Itiquira, em um trecho de 100 km de estrada de ferro.

Até o ano passado, a ferrovia estava sob responsabilidade da concessionária América Latina Logística (ALL); o Governo do Estado assumiu quatro trechos da Ferronorte no mesmo ano e, na ocasião, anunciou a pretensão de inaugurar em 2012 a estação de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá).

Além destes trechos, a ALL devolveu e o Estado assumiu os trechos de Rondonópolis a Cuiabá; Cuiabá a Porto Velho (RO); Cuiabá ao Porto de Santarém (PA); e de Rondonópolis à Araguari (MG).

Para o vereador licenciado e atual secretário extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo (PR), a inauguração de mais uma estação significa redução de custos.

Outro ponto, segundo ele, é que a chegada da ferrovia trará competitividade mais acirrada, principalmente, na parte agrícola focada em grãos, caso de Itiquira, pólo produtor.

"A ferrovia já é uma realidade dentro do Estado de Mato Grosso. Daí, um terminal ferroviário que vai gerar inúmeros empregos diretos, como já está acontecendo na sua construção, bem como de forma indireta com atração de indústrias", disse o secretário.

Geração de riquezas

De acordo com Vuolo, a implantação da Ferronorte, como um todo, já representa cerca de 39% da exportação da produção de grãos que chega ao porto de Santos.

"Sem dúvida, as exportações apresentarão índices cada vez mais elevados, em função do grande potencial do Estado. Mato Grosso é eminentemente agrícola, e a ferrovia permitirá a atração de indústria, tornando as regiões mais competitivas e garantindo também a transformação, agregando valor àquilo que nós produzimos e, sobretudo, gerando emprego e oportunidade para a sociedade", disse Vuolo.

A ferrovia

Ferronorte, ou Ferrovia Norte Brasil, é uma empresa criada pelo empresário Olacyr Francisco de Moraes, com o propósito de ligar Porto Velho (RO) e Santarém (PA), passando por Cuiabá, e interligando-se a Fepasa em Santa Fé do Sul (SP) e, a partir desta, atingindo o Porto de Santos.

A ferrovia é uma concessão federal, por 90 anos, inicialmente concedida à empresa privada Ferronorte S.A.

A ideia da construção de uma ferrovia interligando o Centro-Oeste ao Sudeste do País foi proposta por Euclides da Cunha, em 1901.

Em 1975, Vicente Vuolo, pai de Francisco Vuolo e então deputado federal por Mato Grosso, apresentou projeto de lei para inclusão no Plano Nacional de Viação de ligação entre São Paulo e Cuiabá.

O traçado da nova ferrovia partiria de Rubinéia (SP), passando por Aparecida do Taboado (MS), Rondonópolis e atingiria Cuiabá, conforme a Lei 6.346 de 6 de julho de 1976.

Em 19 de maio de 1989, foi assinado o contrato de concessão da ferrovia e, após inúmeros adiamentos, foram iniciadas as obras do trecho Santa Fé do Sul (SP) – Alto Araguaia, em 1991. Estas foram concluídas em 1998, quando o trecho passou a entrar em operação.

Foi criada em julho de 1998, a holding Ferropasa, empresa que controlava as ferrovias Ferronorte e Novoeste. Em novembro de 1998, a Ferropasa fez parte do grupo vendedor do leilão da Malha Paulista (ex-Fepasa), que passou a ser denominada Ferroban.

Posteriormente, foi criada a holding Brasil Ferrovias, que congregava a operação da Novoeste, Ferronorte e Ferroban.

Em 2006, o controle do Grupo Brasil Ferrovias foi assumido pela América Latina Logística e a Ferronorte passa a ser nomeada como América Latina Logística Malha Norte S.A., após aprovação em 6 de agosto de 2008 pela ANTT (Deliberação 289/08). Ela é responsável por parte do escoamento de parte da soja produzida no Oeste do País.

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