Ex-adversária de Maggi e aliada de Mendes agora é adjunta de Justiça

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A ex-deputada e professora Vera Araújo, a Verinha (PT), derrotada duas vezes à Assembleia, trabalhou em silêncio nos bastidores até conseguir, de novo, se livrar da sala-de-aula. Está ocupando junto ao governo Silval Barbosa outro cargo de secretária-adjunta, agora de Justiça, dentro da estrutura da nova pasta de Justiça e Direitos Humanos, sob o desembargador aposentado Paulo Lessa. Antes, ela respondia como adjunta de Políticas Educacionais da secretaria de Educação. Saiu para concorrer novamente à deputada estadual e teve votação decepcionante.

    Para contemplá-la, o Palácio Paiaguás teve de exonerar a delegada de polícia Thaís Camarinho, que respondia pela cargo há menos de 30 dias. Thaís deixou a Sejudh e foi nomeada como assessora especial da Casa Civil, tudo para abrir vaga à Verinha. A nomeação já saiu, com data de 1º de fevereiro – confira abaixo reprodução do ato.

    Verinha tem dado demonstrações na vida pública de que é guiada pela conveniência e interesse pessoal. Ela ganhou visibilidade como sindicalista. Comandou a subsede de Cuiabá do Sintep, entidade que congrega os profissionais da educação, a maior categoria de servidores do Estado. Foi assim que se elegeu vereadora e deputada. Na Assembleia, fazia oposição dura ao governo Blairo Maggi. Derrotada à reeleição, a petista aproveitou a aproximação do seu partido com o Paiaguás e bateu duro até entrar como adjunta na Educação.

Ato de nomeação de Verinha em segundo escalão    Depois se afastou do governo para, em 2008, ser candidata à vice-prefeita da Capital na chapa do empresário Mauro Mendes, então no PPS e hoje no PSB. A dupla perdeu no segundo turno para o tucano Wilson Santos. No ano passado, ela tentou retorno à Assembleia e teve somente 4.635 votos. No PT, que só garantiu uma vaga na AL, com a reeleição de Ademir Brunetto, Verinha ficou atrás de Adilson Soares, Juscimaria Ribeiro, Luis Braz, Lúdio Cabral e Alexandre Cesar.

    Nesta última campanha, Verinha não quis mais saber do antigo parceiro político Mauro Mendes. Por força da aliança com o PMDB, apoiou Silval, vitorioso no primeiro turno. Agora, ela cobrou a fatura política e ganhou cargo de adjunta, com salário de aproximadamente R$ 10 mil. E, assim, a professora petista caminha cada vez mais apegada a cargo. O petismo manteve, na administração peemedebista, Rosa Neide à frente da Educação, dona da maior estrutura de todas as secretarias. Verinha é a segunda filiada a conquistar cargo de maior importância no atual governo.

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