Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, descobriu que o tratamento de ratos com diabetes tipo 1ou 2 com benfotiamina (derivado sintético da vitamina B1), desde as fases iniciais das doenças, pode retardar a progressão da insuficiência cardíaca.
Eles também descobriram que derivados da vitamina B1 melhoram as condições de sobrevivência e de cura após ataques cardíacos em ratos com diabetes tipo 1 e mesmo nos ratos sem diabetes também.
Isso porque o diabetes deixa o coração mais vulnerável ao estresse e menos oxigênio e nutrientes são entregues para o coração e outros órgãos. O dano cardíaco pode ser causado por altos níveis de glicose que entram nas células cardiovasculares, que formam toxinas que aceleram o envelhecimento da célula.
Cerca de 50% das pessoas com diabetes morrem de doença cardiovascular, e essa complicação é a principal causa de morte entre pessoas com diabetes. Pesquisadores alertam que, com o aumento da prevalência de diabetes no mundo o diabetes vai resultar em uma nova epidemia de insuficiência cardíaca a menos que novos tratamentos sejam desenvolvidos.
No entanto, não se sabe ainda se mudanças na dieta com alimentos ricos em vitamina B1, fornecem por si só o suficiente de vitamina para ver os mesmos efeitos obtidos em camundongos com suplementos.
Uma pesquisa anterior financiada pela Universidade de Warwick, no Reino Unido, foi a primeiro a mostrar que as pessoas com diabetes tipo 1 e 2 têm cerca de 75% menos níveis de vitamina B1 que pessoas sem diabetes.
Acredita-se que isso aconteça não necessariamente devido à dieta, mas por causa da velocidade com que a vitamina é eliminada do organismo.
Uma pequena escala em ensaios clínicos de pessoas com diabetes tipo 2 também descobriu uma ligação entre suplementos de vitamina B1 e uma redução nos sinais de doença renal.
Segundo o professor Paolo Madeddu, que conduziu a pesquisa da Universidade de Bristol, a tendência é testar o experimento em humanos.
– Concluímos que benfotiamina pode ser um novo tratamento para pessoas com diabetes, e o próximo passo da pesquisa será testar se os efeitos similares são observados em humanos.