O Campeonato Paulista de 2011 vai testar o uso de dois árbitros auxiliares na linha de fundo, e a medida é vista pelo chefe da arbitragem da FPF (Federação Paulista de Futebol), Marcos Marinho, como uma boa oportunidade para reduzir o número de erros.
A medida já vem sendo testada na Europa e ganhou o aval da Fifa na última reunião da International Board, há duas semanas. As expectativas de Marinho são bem otimistas.
– Em lances na área, o auxiliar vai perceber muito bem se o jogador está sendo empurrado ou simulando a falta. São lances em que o árbitro, às vezes, não consegue se posicionar, até pela velocidade das jogadas, e esses auxiliares vão ajudar muito.
O objetivo central da idéia seria verificar com mais facilidade os lances em que a bola cruza a linha de gol, mas Marinho diz que, em São Paulo, as atribuições irão além disso.
– Eles vão acompanhar todo tipo de lance, inclusive medidas disciplinares, lances faltosos fora de jogo. Cada auxiliar vai poder sempre avisar o árbitro de qualquer ocorrência.
O contato dos auxiliares com o árbitro deve ser feito por rádio, como já acontece com os bandeirinhas tradicionais, que correm nas laterais do campo. Marinho diz que o teste vai analisar também a viabilidade financeira do projeto, uma vez que a presença de mais árbitros aumentará o custo de salários e viagens a mais duas pessoas – valor que ainda não foi estimado pela FPF, que decidiu, por enquanto, fazer o teste do sexteto de arbitragem apenas na Série A-1 do Paulista.
– Para as competições de divisões inferiores, isso certamente vai pesar muito no bolso a curto prazo, por isso por enquanto vamos testar apenas no Paulistão. Quando virar lei e fizer parte das regras do jogo, a gente aplicará em todas as competições.
Por esse mesmo motivo, Marinho vê com reservas o uso de recursos eletrônicos para verificar se a bola entrou, medida que a Fifa passará a testar a partir de março.
– Eu sou a favor de tudo o que puder ser feito para ajudar. Se for para criar mais polêmica, eu sou contra.