Brasil venceu a Espanha pelo grupo B do Mundial de Vôlei da Itália, jogando em Verona, neste domingo (26). A seleção dirigida pelo técnico Bernardo Rezende fechou em três sets a um, com parciais de 30-28, 21-25, 25-20 e 25-19.
Nesta segunda-feira (27), a partir das 16h (horário de Brasília), a seleção brasileira enfrenta Cuba. O jogo, um clássico do vôlei, vale a liderança do grupo, que ainda tem a Tunísia.
O Brasil começou de forma instável, errando muito, diante de uma Espanha mais concentrada. A equipe é dirigida pelo técnico argentino Júlio Velasco, uma verdadeira “grife” do esporte. Os espanhóis vieram com ritmo de jogo – haviam perdido de Cuba, mas por 3 sets a 2.
Bernardinho reconheceu que o time estava tenso e, por isso, teve falhas. Os erros ocorreram principalmente no passe – fundamento que requer o máximo de concentração. Para ele, essa quantidade de erros inviabiliza a vitória.
– O Brasil errou muito passe, mas também muitos ataques e também bloqueios simples. Como um todo, o Brasil errou muito. Não é aceitável e possível vencer com tantos erros. A defesa também perdeu muitas defesas fáceis.
Bernardinho, que falou ao Sportv, também destacou o bom desempenho de Théo, um dos mais novos na seleção, que substituiu Leandro Vissotto e foi um dos destaques ao lado de Murilo, Dante e Rodrigão.
Jogar com inteligência
Para Bernardinho, a Espanha colocou o Brasil em dificuldades com “inteligência tática”.
– Cometemos muitos erros, o que nos colocou sob pressão. Por isso, precisamos melhorar nossa consistência.
Sobre Cuba, o treinador disse que Brasil e Cuba têm “os mesmos problemas”.
– Nós e Cuba temos muitos altos e baixos. Eles são muito habilidosos fisicamente. Precisamos jogar de forma inteligente.
Giba, capitão brasileiro – que não jogou -, disse que a partida foi um “vai e volta” duro, porque a Espanha não comete muitos erros.
– Agora é relaxar, porque precisamos de energia para amanhã [segunda-feira, 27] contra Cuba, jogo que será extremamente importante.
Aprendendo com o Brasil
O argentino Júlio Velasco, técnico da Espanha, concordou com os dois capitães, dizendo que foi um bom jogo.
– Sempre temos muito a aprender com o Brasil, porque eles têm uma grande habilidade para sair de situações imprevisíveis. Nós jogamos bem quando as situações eram normais e pagamos quando as situações não eram “padrão”.
Para o capitão espanhol Julian Garcia Torres, sua equipe fez outro bom jogo, depois de Cuba, e “foi uma pena perder o primeiro set depois de 24-21”. No quarto set, acrescentou, o Brasil começou bem e estava muito difícil voltar a igualar o jogo.