Rebelde Neymar marca e ganha apoio, mas vê Corinthians derrotar Santos na Vila Belmiro

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Grande atração do clássico entre Santos e Corinthians, o rebelde Neymar foi apoiado pela torcida e até marcou um gol, mas não conseguiu evitar nesta quarta-feira (22) a derrota do Peixe para o Corinthians, por 3 a 2, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro. Assim, o técnico Dorival Júnior, demitido nesta terça-feira (21) por ter barrado o astro do jogo por indisciplina, sente o primeiro gosto de vingança na história que causou sua saída do clube.

Esperava-se um certo clima de tensão da torcida em relação a Neymar por causa do episódio, mas os santistas presentes ao estádio apoiaram o jogador o tempo todo, pediram para ele dar chapéu e se mostraram muito mais irritados com atletas que não estavam rendendo em campo, caso do meia Marquinhos.

O confronto foi eletrizante. O Peixe abriu o placar logo no começo, com o zagueiro Durval. O Corinthians empatou com Iarley, mas viu Neymar marcar o segundo do Santos. Ainda no primeiro tempo, Elias deixou tudo igual. Na etapa final, uma jogada ensaiada em uma cobrança de falta do Timão terminou no gol de Paulo André, que decretou a vitória.

O resultado é muito importante para o Corinthians na briga pelo título nacional. A vitória levou o clube a 47 pontos e assegurou o Timão na liderança do torneio por pelo menos mais uma rodada. Para completar, a equipe do Parque São Jorge ainda tem um jogo a menos que os principais rivais na disputa pela taça. Já o Santos permaneceu com 35 pontos e está apenas na sétima colocação da tabela.

Com o resultado, o Timão manteve retrospecto quase perfeito contra rivais no Brasileirão: agora são três vitórias (duas contra o Santos e uma diante do São Paulo) e um empate (contra o Palmeiras).

Na próxima rodada, o Alvinegro Praiano recebe o Cruzeiro, sábado, às 18h30 (horário de Brasília), na Arena Barueri. Já os corintianos visitam o Internacional, no domingo (26), às 16h, no Beira-Rio.

O Corinthians mal teve tempo de aquecer e já estava atrás no placar. Depois de um escanteio aos 2min, a bola sobrou limpa para o zagueiro Durval, que soltou uma bomba de perna esquerda e fez 1 a 0.

 

 

O gol incendiou a partida, mas o Corinthians manteve a habitual tranquilidade e conseguiu o empate rapidamente. Aos 9min, Jucilei fez brilhante jogada pelo meio, fintou um marcador e deixou Iarley na cara do gol. O atacante dominou com calma e tocou na saída de Rafael.

O jogo ficou ainda mais veloz depois do empate corintiano. Grande atração do jogo, Neymar estava tímido no começo da partida, evitando jogadas individuais e dando toques de lado em vez do dribles.

A próxima grande chance foi do Timão. Aos 24min, Bruno César ganhou de Arouca na dividida e saiu na cara da Rafael. Em vez de tocar para o gol, o meia tentou o drible, mas foi desarmado.

Três minutos depois, Neymar fez o seu gol. Após jogada rápida de contra-ataque, Marcel bateu cruzado. O goleiro Julio César não segurou, e o polêmico atacante tocou para o gol vazio: 2 a 1. Na comemoração, o jogador preferiu a simplicidade e foi abraçar os companheiros no banco de reservas.

Aos 30min, o Alvinegro Praiano quase chegou ao seu terceiro gol. Neymar iniciou a jogada pela esquerda e tocou para Marcel. O atacante foi atrapalhado por Danilo, que só não fez mais um para o seu time porque o arqueiro Julio César fechou bem o ângulo, realizando uma grande defesa.

Com o jogo equilibrado, o Santos sofreu uma baixa em sua zaga. Aos 41min, Bruno Aguiar deixou o campo lesionado para a entrada do jovem defensor Rafael Caldeira, relacionado de última hora pelo técnico interino, Marcelo Martelotte, para o clássico.

Porém, o novato não levou muita sorte, já que foi no seu setor que, aos 42min, o Timão empatou novamente. Em contra-ataque corintiano, Bruno César deu a assistência para Elias, que entrou na área santista e bateu na saída de Rafael.

Na volta para a etapa complementar, o Peixe começou pressionando o Corinthians. A primeira chance de gol do segundo tempo foi dos donos de casa. Em cobrança de falta, aos 9min, Julio César rebateu, Marcel e Neymar tentaram o gol no rebote, mas o arqueiro do Timão fez uma bela sequência de defesas, impedindo que o Peixe passasse à frente do marcador outra vez.

Percebendo que o Santos tinha voltado melhor depois do intervalo, o treinador corintiano, Adilson Batista, resolveu mexer duas vezes em sua equipe. Aos 16, Moacir entrou no lugar de Boquita e, com 19, foi a vez de Bruno César dar lugar a Danilo. No Peixe, Marcelo Martelotte também mexeu, aos 17min, tirando Alex Sandro, que estava atuando como volante, para a entrada do meia Alan Patrick.

Só que as mudanças deram mais certo do lado corintiano, pois, em cobrança de falta ensaiada, a bola passou por Jorge Henrique, Danilo ajeitou e o zagueiro Paulo André estava sozinho, na pequena área, para fazer o gol de cabeça.

Com a virada do Timão, Martelotte não teve dúvidas em lançar o seu time de vez ao ataque. Aos 28, Madson entrou no lugar de Marquinhos. Dois minutos depois, prevendo dificuldades, Batista também mexeu na sua equipe, colocando mais um zagueiro, Leandro Castán, na vaga do lateral esquerdo Roberto Carlos.

O Peixe chegou a pressionar bastante os corintianos, tendo, inclusive, um gol de Léo anulado pela arbitragem, mas o Corinthians conseguiu segurar a pressão que sofreu e manteve o resultado até o apito final do árbitro.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 2 X 3 CORINTHIANS


Local: Estádio Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: 22 de setembro de 2010, quarta-feira
Horário: 22h (horário de Brasília)
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS)
Assistentes: Alessandro Álvaro Rocha de Matos (Fifa-BA) e Carlos Berkenbrock (Fifa-SC)
Renda: R$ 376.150,00
Público: 10.898 pagantes
Cartões amarelos: Rafael Caldeira e Pará (Santos); Boquita, Paulo André e Elias(Corinthians)

Gols: SANTOS: Durval, a 1min e Neymar, aos 26min do primeiro tempo
CORINTHIANS: Iarley, aos 7min e Bruno César, aos 42min do primeiro tempo; Paulo André, aos 24min do segundo tempo

SANTOS: Rafael; Pará, Bruno Aguiar (Rafael Caldeira), Durval e Léo; Arouca, Danilo, Alex Sandro (Alan Patrick) e Marquinhos (Madson); Neymar e Marcel
Técnico: Marcelo Martelotte

CORINTHIANS: Julio César; Alessandro, Paulo André, William e Roberto Carlos (Leandro Castán); Boquita (Moacir), Jucilei, Elias e Bruno César (Danilo); Jorge Henrique e Iarley
Técnico: Adilson Batista

 

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