O fogo que atingiu Marcelândia , causou prejuízos de aproximadamente R$ 14 milhões entre as empresas madeireiras incendiadas. O levantamento foi feito pela Agencia de Fomento do Estado de Mato Grosso (MT Fomento), a fim de dimensionar os danos causados à economia local. Com dados em mãos, a agência encaminhou à Casa Civil do Estado o valor necessário para a reativação das empresas. O presidente do MT Fomento, Acleidy Dias Pereira, diz que o valor requisitado pelos empresários, totalizado em R$ 14,779 milhões, está acima da capacidade de empréstimo da instituição e que por isso a Casa Civil deverá fazer um estudo para identificar a melhor alternativa. "Ainda não sabemos quais linhas de crédito serão requisitadas, o financiamento depende do governo".
De acordo com o levantamento feito, 28 madeireiras foram cadastradas, das quais 13 tiveram perda total e cujas recuperações necessitam de um investimento de R$ 8,715. Outras 10 madeireiras tiveram perdas parciais e o prejuízo registrado foi de R$ 3,005 milhões. Outras 4 madeireiras não registraram perdas e uma delas estava desativada havia 5 cinco anos. O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras de Marcelândia, Algaci Sistarol afirma que as indústrias que perderam tudo aguardam os recursos para dar início a reconstrução. "Estão todos aguardando os financiamentos para reiniciar as atividades. Por enquanto, apenas as que tiveram perdas parciais voltaram a operar".
Este, aliás, foi o caso de Sistarol. Sua madeireira teve apenas o estoque queimado e por isso continua trabalhando. Mesmo assim, o dano chegou próximo dos R$ 800 mil para o empresário. O levantamento cadastrou os requerimentos das indústrias que, ao todo, demandam R$ 14, 779 milhões, inclusos os investimentos que terão que ser feitos com residências, veículos, máquinas, entre outros equipamentos e estruturas que ficaram danificadas. A Agência Estadual afirma que os prazos irão variar de caso a caso e que podem chegar a até 30 anos para a quitação das dívidas.
O presidente, Algaci Pereira, completa ainda que até mesmo os valores solicitados passarão por outras análises de viabilidade. "Ainda não sabemos qual instituição irá disponibilizar o crédito, e cada uma delas tem uma linha de trabalho e análise". Para o prefeito de Marcelândia, Adalberto Diamante, o recurso é indispensável para reestruturação das indústrias e, assim, para o reinício de outras atividades que dependem do setor madeireiro. "Quando as indústrias voltam, o setor de móveis, de artesanato, outras atividades pequenas ligadas ao segmento têm oportunidade de retornar a assim incrementar a economia".
O estudo foi encaminhado à Casa Civil no dia 27 de agosto e ainda não há previsão de quando o governo irá apresentar um parecer e uma alternativa de financiamento. O secretário de Estado da Casa Civil, Éder Moraes, foi procurado, mas por ser ponto facultativo no governo, não foi encontrado.