A morte da corretora de imóveis Ana Cristina Wommer, 24, foi causada por choque hipovolêmico (perda excessiva de sangue), de acordo com o diretor do Serviço de Perícia e Identificação Técnica de Mato Grosso, médico legista Jorge Barbosa Caramuru.
Encontrada morta na terça-feira (24), na BR-364, na saída de Cuiabá para Rondonópolis (Sul de MT), a jovem, grávida de oito meses, era amante do policial militar Claudemir de Souza Sales, que foi preso administrativamente no mesmo dia, acusado de assassiná-la. Na quinta-feira (25), a Justiça decretou a prisão temporária do acusado.
Ainda segundo informações da perícia, Ana Cristina teria sofrido o choque em decorrência de entrar em trabalho de parto, o que, aliado à falta de socorro, fez com que ela sangrasse até morrer. Quanto ao bebê, uma menina, ainda não se sabe se chegou a ficar viva ou já estava morta quando Ana Cristina deu à luz.
O soldado Claudemir, lotado na Rotam (grupo de elite da Polícia Militar) desde abril deste ano, será indiciado pelo duplo assassinato. De acordo com informações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o delegado Márcio Pieroni requisitou prisão temporária de 30 dias para o policial.
Para o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Lino Farias, que determinou a prisão administrativa do soldado, é necessário que Sales fique preso para evitar constrangimento de testemunhas. Atualmente, o acusado está no Batalhão da Rotam.
Ana Cristina Wommer e sua filha, que se chamaria Maria Eduarda, foram enterradas ontem, no Cemitério Parque Bom Jesus, no Parque Cuiabá.
Carro
O carro de Sales, que teria levado Ana Cristina até a BR-364, foi encontrado ontem pela polícia, no centro de Cuiabá. O policial teria vendido o veículo na segunda-feira (23) pelo valor de R$ 4 mil.
O veículo foi encontrado abandonado, de acordo com informações da polícia. Agora, deve passar por uma perícia para verificar se há vestígios de sangue.