A primeira edição dos Jogos da Juventude terminou nesta quinta-feira (26), e o Brasil volta para casa carregando sete medalhas na bagagem, sendo três ouros, três pratas e um bronze conquistados em Cingapura.
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Desde o começo dos jogos, o COI (Comitê Olímpico Internacional) afirmou que objetivo não era estimular a competição, e, por isso o evento não ter um quadro de medalhas oficial. A intenção foi promover a integração entre os atletas e o aprendizado.
Um dos principais destaques da delegação brasileira veio do atletismo, Caio dos Santos, que conquistou duas medalhas de ouro, uma no salto em distância e outra no revezamento medley continental. A outra medalha do atletismo foi com Thiago da Silva, prata no salto com vara.
A explicação para os bons resultados dos dois atletas está no treinamento. Caio tem como treinador Nélio Moura, que também trabalha com a campeã olímpica Maurren Maggi, enquanto o técnico de Thiago é Élson Miranda, mesmo comandante de Fabiana Murer, atual campeã mundial indoor e da Liga Diamante.
Recentemente, Thiago acompanhou Murer em uma excursão pela Europa, onde a brasileira aperfeiçoou seu treinamento.
A competição também resgatou a tradição do país no tiro esportivo, modalidade que deu a primeira medalha da história olímpica do Brasil, em 1920, com Guilherme Paranaense. Em Cingapura, Felipe Wu conquistou a medalha de prata na pistola 10 m dos Jogos da Juventude.
David Lourenço também marcou seu nome em Cingapura. Aos 18 anos, o boxeador garantiu a medalha de ouro na categoria até 59 kg e se tornou o primeiro brasileiro a subir no ponto mais alto do pódio em uma Olimpíada na modalidade.
O judô é outra modalidade em que o Brasil tem tradição e na qual costuma ter bons resultados nas Olimpíadas. Em Cingapura, o cenário não foi diferente e coube a judoca Flávia Gomes honrar a tradição. A brasileira terminou com a medalha de prata na categoria até 63 kg.
A única medalha de bronze da delegação brasileira veio com as meninas no handebol. Na decisão pelo terceiro lugar, o Brasil derrotou o Cazaquistão. O país também teve a chance de subir no pódio no masculino, mas os meninos acabaram derrotados pela França.
O Brasil também apresentou outros destaques, mas que bateram na trave e não conseguiram garantir um lugar no pódio. Na natação, um dos principais nomes foi Alessandra Marchioro, que chegou a quatro finais e teve como melhor resultado um quarto lugar nos 50 m livre. O nadador Pedro Costa também chamou atenção e marcou presença em duas finais.
No hipismo, Guilherme Foroni colecionou bons resultados, apesar de ficar sem medalhas. O brasileiro, que montou com um cavalo cedido pela organização, terminou em nono lugar no salto individual e comemorou sua evolução.
O tenista Tiago Fernandes era uma das principais esperanças de medalhas, mas acabou parando nas quartas de final na chave de simples e também não conseguiu avançar nas duplas, jogando com o argentino Renzo Olivo. Em 2010, Fernandes conquistou a categoria juvenil do Aberto da Austrália e chegou a liderar o ranking mundial juvenil de tênis.